Uso de medicações para o tratamento da obesidade. Remédio Mounjaro é aprovado pela ANVISA
A composição do medicamento inclui substâncias que ajudam a reduzir o apetite e acelerar o metabolismo, promovendo a perda de peso de forma saudável
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade é reconhecida como uma patologia pelas principais entidades de saúde do mundo, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). O excesso de peso traz consequências negativas para a saúde, como maior probabilidade para doenças cardiovasculares e diabetes. Com o aumento alarmante da obesidade em todo o mundo, é necessário buscar soluções eficazes para o tratamento dessa patologia. Nesse contexto, surgem os medicamentos, atuam no combate à obesidade, auxiliando os pacientes a alcançarem melhores resultados no processo de perda de peso e manutenção de um estilo de vida saudável.
Alerta global - A Revista Lancet, com dados de 2022, mostrou que mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo. Os dados também mostram que 43% dos adultos estavam acima do peso em 2022. O tratamento da obesidade envolve mudanças no estilo de vida, como adoção de uma alimentação saudável, adequação do sono e prática regular de atividade física. No entanto, para muitos indivíduos, essas medidas não são suficientes para promover a perda de peso e a manutenção dos resultados a longo prazo. A utilização de medicamentos se mostra necessária, pois agem no controle do apetite, na redução da ingestão alimentar e no aumento do gasto energético, contribuindo para a perda de peso e facilitando a adoção de novos hábitos saudáveis.
Novo medicamento
Remédio Mounjaro é aprovado pela ANVISA - Fonte: Reprodução Internet
O Mounjaro é um tratamento indicado para o controle dos níveis de glicose em adultos, oferecendo uma abordagem eficaz para lidar contra a obesidade. Sua eficácia é comprovada por meio de estudos clínicos que avaliaram os resultados dos pacientes que utilizaram o medicamento Mounjaro. Além disso, é importante ressaltar que a obesidade é considerada um problema de saúde sério e preocupante, afetando inúmeras pessoas no mundo todo. Por isso, é fundamental contar com opções de tratamento que possam ajudar no controle e redução do peso excessivo. Nos últimos anos, tem crescido o número de remédios para o público obeso.
Como atua – a composição do medicamento inclui substâncias que ajudam a reduzir o apetite e acelerar o metabolismo, promovendo a perda de peso de forma saudável. Ele atua no sistema nervoso central, inibindo certos receptores cerebrais responsáveis pela sensação de fome. Mas, a sua principal atuação está no sistema gastrointestinal, onde promove um efeito sacietógeno por gastroparesia, que é a diminuição do movimento gástrico na hora da digestão. Dessa forma, sua ação contribui para um controle mais eficiente da ingestão alimentar, auxiliando os pacientes no processo de emagrecimento.
Estilo de vida saudável - O Mounjaro deve ser utilizado como parte de um programa abrangente de perda de peso, que inclui alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas. O remédio é administrado por meio de uma injeção semanal. Estudos mostram que, em alguns casos, a perda de peso pode chegar a até 26% do peso corporal, podendo ter efeitos colaterais como náuseas, diarreia e constipação, mas que podem ser bem controlados. O tratamento deve ser acompanhado pelo médico, antes de qualquer coisa. Apesar de já ter seu uso aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Mounjaro ainda não está disponível no mercado brasileiro por conta da alta demanda global.
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Abril é o mês para enfatizar a conscientização sobre o autismo
Não há cura para o autismo, mas há tratamento multidisplicar para inserir a criança no contexto social
Segundo a ONU, existem no mundo mais de 70 milhões de pessoas com autismo, na maioria das vezes afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem em sociedade. A incidência em meninos é maior: a cada 4 casos apenas um é do sexo feminino. E diante desses números, mesmo as famílias que não têm filhos autistas precisam aprender a conviver com os autistas, pois eles estão cada vez mais presentes em todos os ambientes da sociedade. Victor Eustáquio trabalha há 24 anos com autismo, é sócio fundador da Somar Special Care, conversamos com ele sobre o diagnóstico e tratamento da pessoa autista.
Hoje em dia, é fato que tem havido cada vez mais diagnósticos de crianças com autismo. O neurocientista Victor Eustáquio explica que o autismo sempre existiu, isso é um fato, pois se trata de algo que é genético.
"O autismo não é uma condição. De algum tempo para cá mudou o padrão de diagnóstico, então antigamente achavam que o autista era só aquele caso mais grave, aquela criança que tinha todas as características do transtorno. Hoje, entende-se que a criança precisa crescer, desenvolver e, a partir daí, preencher alguns critérios. Um bom profissional consegue já identificar uma criança autista com 1 ano e meio de vida", diz.
Ele lembra que o diagnóstico do autismo é clínico, não sai em exames laboratoriais.
O neurocientista destaca que o critério ampliou muito.
"Falamos de espectro, quando antes era só o grave. Hoje, existe uma modulação, então temos crianças com nível de suporte sendo 3 o mais grave, 2 o moderado e 1 o mais leve. Então o leque aumentou e associado a esta condição ampla você tem muito mais profissionais capacitados para diagnosticar", esclarece Eustáquio.
Ele destaca que as estatísticas impressionam.
"Lá pelo ano de 1970, por exemplo, a cada 100 mil crianças uma era autista. Em 2020, a cada 54 nascidas uma era autista; em 2022 era uma a cada 46 e agora em 2024 temos uma autista a cada 36 crianças que nascem. São dados do CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Governo Americano que comprovam ser de fato uma questão de saúde pública".
Não há cura para o autismo, mas há tratamento para que esta criança se desenvolva e possa conviver cada vez melhor em sociedade, trabalhando suas dificuldades, seja de fala, interação, etc.
"As terapias são diversas, temos psicomotricidade, concentração, atenção, lateralidade da criança, equilíbrio, enfim, atividades dinâmicas e humanizadas. A intervenção tem que ser individualizada e o profissional precisa respeitar o limite de cada um. Para você ter uma ideia, mesmo dentro de cada grupo (leve, moderado e grave) existem especificidades, então é algo muito complexo", informa.
Para melhorar a interação e convivência dos autistas em sociedade, a Clínica Somar tem reproduzido ambientes dentro da clínica para que a criança possa ter contato com animais, por meio de viveiros. Elas cuidam dos pássaros.
"É preciso que a gente traga até a criança essa interação com a natureza, então ambientes sociais como escola, praia, praça, zoológico, precisam ser retratados neste acompanhamento para que a criança possa ter um melhor convívio social, pois é isso que ela vai encontrar também lá fora".
Victor destaca ainda que são muitos os transtornos associados ao autismo, estão em quase todos os casos existem as comorbidades, como TDAH, déficit de atenção, hiperatividade, dislexia, etc.
"Quanto mais comorbidades estiverem associadas ao autismo, a abordagem é diferente. Nosso papel é estimular esses déficits cognitivos de cada indivíduo. E o profissional precisa entender de cada patologia para não atender o indivíduo de forma generalizada, pois não funciona", finaliza.
A clínica Somar divulgou a programação do Abril Azul:
06/04 - Sábado
14:30h - Caminhada estadual na Orla de Boa Viagem
07/04- Domingo
6:30 às 10:00 - Autismo Run na Orla de Boa Viagem
14:00- Evento na livraria Jaqueira do Recife Antigo - Movimentação em frente a livraria e caminhada até o marco zero
Informações: @autismosomar
“Saúde e Bem-estar” é atualizada às segundas-feiras no Portal Folha de Pernambuco