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Alexa pode ganhar uma versão no estilo ChatGPT

Executivo revela que assistente não tem pressa, mas que a conversação humanizada "está nos planos"

Echo Dot de quinta geração - Amazon/Divulgação

Presente em mais de meio bilhão de dispositivos comercializados pela Amazon desde 2014, a assistente virtual Alexa ganhou o coração de muitos usuários brasileiros pela facilidade em registrar comandos de voz, conversar e gerir o uso de aparelhos smart. Mas será que podemos esperar que ela ganhe novas habilidades de conversação ainda mais humanizadas? 

Graças ao avanço dos usos de Inteligência Artificial (IA) generativa e, principalmente, após o lançamento do ChatGPT, no ano passado, o assunto vem ganhando força, e tornar a Alexa mais humana está nos planos da empresa de Jeff Bezos, mas sem pressa. 

"A gente tem um modelo, uma Alexa de Team Model (usada para treinar a assistente virtual) e há muitas possibilidades, porém [a IA generativa] tem alguns perigos para algo como a Alexa, que as pessoas confiam tanto", explica Gabriel Cruz, head de marketing para Alexa no Brasil, em entrevista exclusiva ao blog Tecnologia e Games

Entre os problemas de lançar uma Alexa que converse nos moldes do ChatGPT ou mesmo que siga a tendência do Google de respostas humanizadas, o executivo aponta a imprecisão.

Destaque fica por conta do Echo Pop, uma versão mais barata do alto-falante inteligenteRecentemente, Amazon lançou novos smart speakers Echo Pop, também integrados com a Alexa | Foto: Amazon/Divulgação

"O que a gente chama de 'alucinações', que é o termo que as pessoas usam quando a IA fala alguma coisa convincente, mas que na verdade não é factual e quando o usuário vai fazer uma pergunta para a Alexa, ela não pode responder com algo que não seja baseada em fatos, correto e factual. A gente tem que tomar um cuidado, não podemos lançar esses 'experimentos', se não tivermos a certeza que não vamos ter essas alucinações", afirma o executivo. 

Mesmo com a cautela, o representante da Alexa no Brasil garante que testes já vêm acontecendo e que - assim que tiverem sucesso - podem vir a integrar uma atualização do dispositivo.

"A Amazon está sempre atenta a todas as tecnologias e essa parte de IA generativa é algo que a gente já investe há muito tempo. Principalmente, nos modelos de back-end, que usamos para testar a Alexa, para treinar a Alexa e para melhorar a parte de inteligência dela de linguagem. Está nos planos", garante.

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