Algoritmo pode auxiliar diagnóstico e prevenção da Covid-19 em Pernambuco
Além da tão esperada vacina, toda ferramenta é bem-vinda para ajudar na prevenção e no combate à Covid-19. Desde o anúncio da chegada da doença no Brasil, em meados de março, cientistas têm trabalhado no desenvolvimento de novas formas de combater a pandemia. Um deles, pernambucano, fala como um protótipo de algoritmo pode otimizar o tratamento da doença no Estado.
Membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e diretor de Ambientes de Inovação e Formação Superior da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Carmelo Bastos Filho faz parte do grupo que ajudou a desenvolver mecanismos de combate à Covid-19 em Pernambuco.
"Agora, os pesquisadores estão usando o aprendizado das máquinas para identificar padrões associados à covid-19 e outras enfermidades com base em exames laboratoriais, auxiliando o médico no diagnóstico", explica o especialista, que integra o corpo docente da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli-UPE).
O passo mais próximo está sendo dado em solo pernambucano, após diversos testes. “Temos um protótipo para utilizar os exames laboratoriais e a partir dos padrões a gente consegue prever pessoas que podem ou não ter um indicativo de Covid-19”, dize Carmelo Bastos Filho. “Já fizemos toda a etapa inicial de pesquisa, já temos o protótipo funcional e em breve já estará disponível em hospitais do Recife”, explica.
Exame de urina, saliva e de sangue poderão auxiliar um hospital a designar o melhor tratamento referente à Covid-19, a depender do estado atual da pessoa. É importante ressaltar que o novo algoritmo não é um teste de detecção, mas sim uma ferramenta complementar aos testes já existentes.
Com a nova ferramenta, que ainda passará por testes finais, o paciente não teria custos adicionais, visto que com as amostras de sangue e de urina teria um atendimento mais específico quanto à Covid-19. Uma amostra de como a tecnologia tem ajudado o campo da saúde em tempos de pandemia.
“Existem muitas possibilidades hoje em dia, com robótica, inteligência artificial e isso tem gerado esses desdobramentos. A tendência é que muitas funcionalidades sejam disponibilizadas para a população. Sempre pensamos nas soluções que sejam facilmente aplicadas”, finaliza o professor.