Alunas do CIn-UFPE vencem ‘Hackatona’ com aplicativo focado na mobilidade segura da mulher
O projeto trouxe um app de compartilhamento de localização
Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conquistou o primeiro lugar na segunda edição da "Hackatona", competição proposta pela Agência São Paulo de Desenvolvimento (Ade Sampa). Elas desenvolveram um protótipo de aplicativo de compartilhamento de localização, batizado de Maria, com foco na segurança da mulher durante a mobilidade urbana.
O evento, focado exclusivamente em promover soluções para mulheres, desenvolvido por mulheres cis e trans, aconteceu entre os dias 28 e 30 de janeiro. O objetivo da maratona era pensar soluções tecnológicas que contribuíssem para o desenvolvimento de eixos que perpassam o cotidiano feminino, como o combate ao machismo, desigualdade salarial e feminicídio.
A princípio, as iniciativas deveriam ter como cenário a realidade da cidade de São Paulo, porém, por conta da pandemia de Covid, a realização remota do evento permitiu a participação de jovens de todo o Brasil.
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Ao todo, foram 45 equipes participantes. A proposta foi formulada pelas estudantes Débora Fernandes, responsável pela área de design, Amanda Albuquerque e Milena Katryell, da área de produto e negócios, e as desenvolvedoras Beatriz Férre e Roseane Oliveira. A live de apresentação das finalistas e premiação está disponível no YouTube.
Como funciona
Batizado de Maria, o aplicativo organiza rotas e manda sinais de alerta para as pessoas previamente cadastradas pela usuária. A ideia é que o app use Inteligência Artificial para auxiliar no processo de tempo e distância dessas rotas. O foco da ferramenta são mulheres de 15 a 60 anos que possuam Android ou iOS.
A localização é compartilhada em tempo real, mesmo com o telefone bloqueado. Há botões para compartilhar a rota e também para contatar autoridades em caso de insegurança. Na prática, a usuária cadastra as rotas e os contatos de emergência e o aplicativo rastreia seus passos até o destino.
A proposta das alunas é que, no futuro, as próprias usuárias possam marcar em quais áreas se sentem inseguras, para pedir apoio da prefeitura e melhorar a mobilidade na cidade. Por se tratar de um protótipo, a ferramenta ainda não está liberada nas lojas de app.