BlueSky: o que sabemos sobre a nova rede social com potencial para substituir o Twitter
Plataforma criada por ex-CEO do passarinho azul lembra rival, mas também traz novidades
Usuários do Twitter vêm se perguntando para onde migrar, desde que Elon Musk começou a realizar mudanças duvidosas na plataforma. No leque dos microblogs aparecem alternativas como Mastodon, Koo e até a embrionária P92 - promessa da Meta para competir com a plataforma. Porém, aquela que chega mais perto de suprir a familiaridade da ferramenta é a BlueSky, aplicativo semelhante ao passarinho azul, criado pelo ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey.
As semelhanças visuais com o Twitter são enormes - o que talvez tenha feito com que o interesse do público venha crescendo, mas a proposta de Dorsey é um pouco diferente. A BlueSky faz parte de um projeto do ex-CEO do passarinho azul para a criação de um ecossistema de redes sociais descentralizadas, ou seja, que consigam interagir entre si e não apenas em seus sites e aplicativos, por meio de protocolos abertos.
Outro ponto defendido pelo criador do Twitter é que, dessa forma, os usuários sejam aqueles responsabilizados por aquilo que escrevem e compartilham entre as redes, retirando a responsabilidade das empresas. O blog de Tecnologia e Games selecionou algumas curiosidades que você precisa saber antes de se empolgar com o novo microblog.
Precisa de convite para entrar
Uma das coisas que causa uma sensação nostálgica entre os usuários mais antigos da internet é que, para entrar na BlueSky, é preciso ter convite. No passado, redes sociais como Google+ e Orkut também ofereciam convites apenas para usuários que já estivessem na rede, com o intuito de criar uma comunidade. A ideia, era que você conseguisse se conectar apenas com pessoas que realmente conhecesse.
Na BlueSky, os convites são oferecidos para poucos usuários que se cadastrarem no site da plataforma. Eles são liberados aos poucos, à medida em que a fila vai "andando". Cada usuário tem direito a apenas três convites, que podem ser usados apenas uma vez e permitem criar a conta. Inicialmente, a rede funcionava apenas em iPhone, mas agora é possível participar da experiência também em celulares Android - apesar da versão para o Sistema Operacional do Google estar um pouco menos lapidada do que a dos smartphones da Apple.
Como é a plataforma
As postagens precisam ter até 300 caracteres e podem ser acompanhadas de até quatro imagens. Ainda não é possível enviar vídeos, mas a plataforma permite que o usuário tire uma foto direto do app. A interface é limpa, sem muita firula, com ações semelhantes ao Twitter para interagir com as postagens publicadas na rede. Em um post, os usuários podem comentar, compartilhar, curtir, traduzir (via Google tradutor), copiar o texto, compartilhar, silenciar e, por fim, denunciar se acreditarem que é ofensivo de alguma forma.
O protocolo aberto
A base da rede social é o Protocolo AT — ou Protocolo de Transferência Autenticado, em tradução livre. Basicamente, ela funcionaria como um lugar que poderia agregar várias redes sociais, dando aos criadores, desenvolvedores e aos usuários, mais liberdade para criar seus próprios conteúdos, inclusive, de migrar entre as ferramentas desenvolvidas nessa base sem perder seus dados, seguidores ou publicações
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Quando ficará disponível?
Por enquanto, ainda não se sabe quando a rede estará disponível para o público em geral. No entanto, quem quiser fazer parte da rede pode cadastrar para uma das vagas de testes no site oficial da BlueSky. A inscrição é gratuita e os secionados são notificados por e-mail.