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Chefe da Apple transfere sua batalha pela App Store para Washington

Legisladores nos Estados Unidos e em outros lugares estão trabalhando para forçar a Apple a permitir que aplicativos acessem o iPhone de outros lugares além da App Store - Pexels

O chefe da Apple, Tim Cook, criticou em Washington nesta terça-feira (12) a eventual aprovação de medidas para regulamentar a loja de aplicativos App Store, com o argumento de que poderiam ameaçar a privacidade dos usuários de iPhone

Suas declarações surgem no momento em que ganha força uma legislação que pode enfraquecer o domínio da Apple no mercado de aplicativos, acusada de ser monopolista

"Estamos profundamente preocupados com os regulamentos que prejudicariam a privacidade e a segurança em nome de algum outro objetivo", disse Cook em uma reunião da Associação Internacional de Profissionais de Privacidade. 

"Os defensores dessas regulamentações argumentam que simplesmente dar às pessoas uma escolha não faria mal, mas tirar uma opção mais segura deixará os usuários com menos opções, não mais", acrescentou.

Legisladores nos Estados Unidos e em outros lugares estão trabalhando para forçar a Apple a permitir que aplicativos acessem o iPhone de outros lugares além da App Store, que atualmente é a única porta de entrada para os bilhões de dispositivos da empresa usados no mundo todo.

Apple e Google têm uma posição dominante no mercado e seus sistemas operacionais são usados na grande maioria dos smartphones do mundo.

A Apple entrou em confronto na justiça com a empresa que criou a Fortnite, a Epic Games, que tentou quebrar o controle da Apple sobre a App Store, acusando a empresa de impor um monopólio com sua loja de bens e serviços digitais. 

Em novembro, um juiz federal ordenou que a Apple flexibilizasse o controle sobre suas opções de pagamento na App Store, mas disse que a Epic Games não conseguiu provar o comportamento monopolista. 

A Apple também entrou em conflito recentemente com reguladores na Europa.

Permitir que os usuários de iPhone baixem aplicativos de lojas digitais que não sejam a App Store impediria o trabalho da Apple para detectar códigos maliciosos ou mecanismos de coleta de dados, disse Cook. 

"Isso significa que empresas famintas por dados podem contornar nossas regras de privacidade e mais uma vez rastrear nossos usuários contra a vontade deles", acrescentou. 

Os críticos contestaram que a Apple usa a App Store a seu favor, mantendo uma parcela das transações financeiras e os criadores de aplicativos sob seu controle. 

"Se formos forçados a permitir aplicativos não controlados no iPhone, as consequências indesejáveis serão profundas", argumentou Cook. "Continuaremos levantando nossas vozes sobre esta questão." 

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