Chinesa Huawei anuncia queda de 29% em receita esse ano
A queda na receita também se explica pela venda de sua marca Honor no final do ano passado
A gigante chinesa de telecomunicações Huawei informou nesta sexta-feira (31) que sua receita anual caiu em um terço este ano, afetada em parte pelas sanções americanas que atingiram as vendas de seus smartphones.
A Huawei foi apanhada na rivalidade comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China, o que levou o ex-governo Donald Trump a aprovar medidas contra a empresa por supostas ameaças de cibersegurança e espionagem.
Este ano, a receita da empresa caiu 29% com relação ao ano anterior, para 634 bilhões de yuans (US $ 99,5 bilhões), informou seu presidente Guo Ping em mensagem de Ano Novo.
"Em 2021, apesar das dificuldades e tribulações, trabalhamos muito para criar valor tangível para nossos clientes e nossas comunidades locais", disse Guo.
"Melhoramos a qualidade e eficiência de nossas operações e esperamos fechar o ano com uma receita total de 634 bilhões de yuans", acrescentou, destacando que "o desempenho global está em linha com as previsões".
A queda na receita também se explica pela venda de sua marca Honor no final do ano passado.
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A empresa não tem ações negociadas na Bolsa e a mensagem de final de ano não ofereceu mais detalhes financeiros.
As dificuldades da Huawei no setor de telefonia a empurraram para novas linhas de negócios, como TI para empresas, dispositivos tecnológicos para a saúde e vestuário, tecnologia de veículos inteligentes ou programação.
Os Estados Unidos vetaram a Huawei de comprar componentes cruciais para seus produtos, como microchips, e forçaram-na a criar seu próprio sistema operacional, impedindo-a de usar o sistema Android do Google.
Este mês, a empresa lançou seu novo telefone dobrável e garantiu que 220 milhões de dispositivos Huawei já possuem seu sistema HarmonyOS.
A Huawei é a maior fornecedora mundial de componentes para redes de telecomunicações e estava entre os três maiores produtoras de smartphones junto com Samsung e Apple.
No entanto, essa posição caiu devido às pressões dos Estados Unidos. Em outubro, o grupo garantiu que seu volume de vendas entre janeiro e setembro caiu 32%.