Controladora do TikTok lutará "energicamente" contra acusações de ex-executivo nos EUA

Yintao Yu abriu um processo contra a ByteDance em um tribunal de San Francisco

TikTok confirma que EUA pediu que se separe de sua matriz chinesa para evitar veto - Nicolas Asfouri / AFP

A ByteDance, empresa chinesa que controla o TikTok, disse, nesta segunda-feira (15), que lutará contra as acusações de que demitiu um executivo por alertar sobre o que chamou de uma “cultura de anarquia”.

Yintao Yu abriu um processo contra a ByteDance em um tribunal de San Francisco, em um momento de aumento da pressão política pela proibição do TikTok nos Estados Unidos.

Críticos afirmam que a popular plataforma permite que Pequim colete dados de usuários e influencie suas opiniões, o que a empresa nega.

“Planejamos combater energicamente o que consideramos afirmações e alegações infundadas nesta ação judicial”, declarou um porta-voz da ByteDance pore-mail à AFP.

Na ação, apresentada em 1º de maio, Yu diz que descobriu pouco depois de ser contratado na Califórnia, em 2017, que a empresa estava "roubando" vídeos publicados em redes concorrentes, como Instagram e Snapchat, para postá-los em sua própria plataforma.

Yu, que era chefe de engenharia da ByteDance nos EUA na época, conta que alertou seus superiores, em vão, "e o roubo de propriedade intelectual continuou sem impedimentos". Ele foi demitido em 2018.

Segundo a companhia, Yu foi funcionário da ByteDance Inc. por menos de um ano e nesse período “trabalhou em um app chamado Filipagram, que foi descontinuado por razões comerciais”.

“A ByteDance está comprometida com o respeito à propriedade intelectual de outras empresas, e adquirimos dados de acordo com as práticas da indústria e nossa política global”, acrescentou.

Na sexta-feira, Yu adicionou a seu processo original a acusação de que a ByteDance serve “como uma ferramenta de propaganda para o Partido Comunista Chinês”.

A questão do acesso a dados pessoais de usuários americanos tem provocado uma crescente preocupação entre as autoridades do país. Em resposta, a empresa afirma que só armazena esses dados em servidores nos EUA.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter