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Ex-membro da CIA é condenado por vazamento em massa de ferramentas de hacking

Joshua Schulte pegou sigilosamente as ferramentas "Vault 7" usadas para invadir computadores

Joshua Schulte pegou sigilosamente as ferramentas "Vault 7" usadas para invadir computadores e sistemas de tecnologia - Pixabay

Um ex-programador da CIA foi considerado culpado nesta quarta-feira (13), no tribunal federal de Nova York, pelo vazamento de ferramentas valiosas de hacking da agência de inteligência americana para o Wikileaks, dois anos após o seu julgamento ser anulado.

Joshua Schulte, 33, trabalhava para a unidade de elite de hacking da CIA quando pegou sigilosamente as ferramentas "Vault 7" usadas para invadir computadores e sistemas de tecnologia e, após deixar o emprego, enviou-as para o grupo antisigilo.

O "Vault 7" era uma coleção de malware, vírus, cavalos de Troia e fragmentos maliciosos que, uma vez vazados, estavam disponíveis para serem usados por grupos de inteligência estrangeiros e hackers de todo o mundo. Segundo os promotores, Schulte era um funcionário ressentido, que vazou os 8.761 documentos para prejudicar a agência.

"Schulte estava ciente de que o efeito colateral de sua ação poderia representar uma ameaça extraordinária para esta nação se tornada pública", disse o procurador Damian Williams. O vazamento teve "um efeito devastador em nossa comunidade de inteligência, fornecendo informações cruciais para aqueles que querem nos prejudicar", assinalou.

Schulte era suspeito quando o Wikileaks começou a publicar os segredos, mas, em 2017, foi acusado apenas de ter uma extensa coleção de pornografia infantil em seu computador. Acusações por roubo e transmissão de informações de segurança nacional foram adicionadas posteriormente.

Em 2020, um júri o condenou apenas por acusações menores. Nesta quarta-feira, um novo júri condenou Schulte por oito acusações sob a Lei de Espionagem e uma de obstrução da Justiça. Ele ainda enfrenta um processo separado por pornografia infantil.

O vazamento, que surpreendeu a CIA em março de 2017, foi catalogado como a perda de material classificado mais prejudicial na história da agência de inteligência.

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