Executivo aponta convergências tecnológicas como tendência para 2022
Eduardo Ibrahim participou da CES 2022 e conta o que viu durante a feira em janeiro
O mercado global de diversos segmentos econômicos deve investir ainda mais em convergências entre tecnologias para evoluir seus produtos em 2022. Aposta é de Eduardo Ibrahim, especialista em cloud computing, economia comportamental e exponencial da SingularityU Brazil, plataforma de educação corporativa.
Em entrevista exclusiva ao Blog de Tecnologia e Games, o executivo falou um pouco sobre as impressões que teve durante a Consumer Eletronics Show (CES) 2022, em Las Vegas, Estados Unidos.
Ao visitar os estandes dispersos no evento, em janeiro, Ibrahim conta ter observado que “As inovações que estão surgindo são causadas por convergências tecnológicas. Elas já existem e estão sendo aplicadas de maneira convergente para resolver problemas que já existem”.
Para ele, as empresas que mais estão investindo em novas formas de aplicação de soluções são as de saúde e de automóveis.
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“A impressão que eu tive, estando lá presente, é que as áreas mais imponentes eram as de veículos elétricos e autônomos. Carros com essa tecnologia [elétrica] estão ficando mais baratos, [atingido preços que] a gente nunca viu nos carros normais”, contou.
Para ele, a grande sacada das empresas será criar “equipamentos entendendo o comportamento do consumidor e não o contrário”. “Se as companhias tinham alguma dúvida sobre a necessidade de trazer a tecnologia para dentro do seu negócio, agora elas estão observando a necessidade de convergir não apenas com inteligência artificial, mas com produtos de sensoriamento e de robótica, para que esses negócios se adaptem” afirmou.
Outro ponto que chamou atenção do especialista foi a preparação para a inserção no metaverso. “O metaverso tem várias oportunidades para você colocar conteúdo digital e virtual lá dentro. Tem uma grande parte para a gente explorar os impactos desses modelos de negócios lá dentro que vão acabar mudando modelos de negócios em um ambiente real”, comenta.
Segundo Ibrahim, as crianças da próxima geração devem ser consideradas nativas do metaverso, mas as soluções que vieram com o anúncio da Meta no ano passado, devem demorar a fazer parte da rotina do brasileiro. “Isso vai ser uma curva de ajuste como qualquer tecnologia”, pontuou.