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Facebook lança políticas anti-assédio em meio a crise de reputação

As novas políticas expandem o entendimento da plataforma sobre o que pode ser um ataque

reprodução / pixabay

O Facebook divulgou novas regras contra ataques on-line a jornalistas, ativistas e celebridades nesta quarta-feira (13), enquanto a gigante das mídias sociais luta contra uma crise pelos danos potenciais de suas plataformas.

A diretora de segurança do Facebook, Antigone Davis, anunciou novas políticas de proteção. “Não permitimos bullying e assédio em nossa plataforma, mas quando acontece, agimos”, alertou.

O Facebook expandiu sua gama de "ataques" proibidos a figuras públicas para incluir uma série de imagens sexuais ou degradantes de seus corpos.

Davis, que defendeu o trabalho da empresa em uma audiência perante legisladores, ressaltou que "ataques como esse podem transformar a aparência de uma figura pública em uma arma".

O Facebook também adicionou jornalistas e defensores dos direitos humanos à lista de pessoas consideradas figuras públicas por seu trabalho.

As novas políticas incluem impedir esforços coordenados de usar várias contas para assediar ou intimidar pessoas consideradas em maior risco de danos no mundo real, como dissidentes do governo e vítimas de tragédias violentas.

Davis disse que o Facebook também começará a remover "redes opositoras" e redes vinculadas ao estado que "trabalham juntas para assediar ou silenciar pessoas", como dissidentes.

"Removemos conteúdo que viola nossas políticas e desativamos as contas de pessoas que violam repetidamente nossas regras", escreveu.

A empresa enfrentou uma tempestade de críticas e uma audiência no Senado desde que Frances Haugen, uma ex-funcionária, vazou estudos internos mostrando que o Facebook sabia que seus sites podem ser prejudiciais à saúde mental dos jovens.

A denunciante alegou que a rede social coloca os lucros antes da segurança de seus usuários.

Os documentos vazados por Haugen, que sustentaram uma série de histórias contundentes do Wall Street Journal, geraram uma das crises mais graves do Facebook até hoje.

Em seu depoimento, Haugen apontou para os riscos de que as plataformas da gigante das redes sociais alimentem a divisão política e a insatisfação pessoal, o que é particularmente perigoso para os jovens.

Haugen não desistiu de sua intenção de pedir às autoridades que regulamentem a rede frequentada diariamente por cerca de três bilhões de pessoas em todo o mundo.

Os legisladores europeus convidaram Haugen para uma audiência e também deve se reunir com o conselho supervisor do Facebook, um órgão semi-independente responsável por avaliar as políticas de conteúdo da rede.

Os documentos vazados e o testemunho de Haugen atraíram forte resistência do Facebook, mas seu CEO, Mark Zuckerberg, não disse publicamente se aceitará um convite do Senado para responder às suas perguntas.

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