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Game pernambucano foca na acessibilidade e conquista 1º lugar em premiação cultural

Jogo Guardiões da Justiça 1.0 conta com audiodescrição, Libras e legendas para surdos e ensurdecidos

Jogo Guardiões da Justiça 1.0, feito pela equipe pernambucana Tangram Cultural, conquistou o 1º lugar em premiação cultural - Divulgação

O jogo Guardiões da Justiça 1.0, feito pela equipe pernambucana Tangram Cultural, conquistou o 1º lugar no Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco. A equipe concorria na categoria Formação e teve o apoio do Memorial da Justiça de Pernambuco para construir um game inclusivo, destinado a crianças a partir dos quatro anos e pessoas com deficiências variadas.

Criado para rodar tanto em dispositivos móveis (celulares Android, iPhone e tablets) quanto no PC, o game pode ser baixado, gratuitamente, nas principais lojas de aplicativos. A proposta também inclui atender pessoas de todas as idades com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), transtornos de aprendizagem e/ou deficiência intelectual, visual ou auditiva. 

Seu ponto de destaque fica na acessibilidade comunicacional. O jogo Guardiões da Justiça 1.0 conta com audiodescrição, Libras e legendas para surdos e ensurdecidos, além de oferecer narração em português e inglês.

“Foram dois anos de desenvolvimento para tornar o game o mais inclusivo possível. Não criamos o jogo para pessoas sem deficiência e depois o adaptamos. Ele já nasceu com a preocupação da acessibilidade. E este é um grande diferencial”, explicou Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural.

Jogo Guardiões da Justiça (1)Jogadores conhecerão personagens do cangaço, frevo, capoeira, entre outros. Foto: Divulgação

Enredo 
No game, o jogador deve realizar tarefas para preservar e entrar no prédio do Memorial da Justiça, onde funciona a sede dos Guardiões. Dentro dele, conhecerá personagens do cangaço, frevo, capoeira e escravidão e percorrerá os 15 níveis de cada tema, realizando atividades e desafios onde aprenderá histórias e memórias que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro.

Segundo os desenvolvedores, a ideia da criação surgiu a partir da necessidade de a equipe do Memorial de ter uma ferramenta que pudesse ajudar na mediação do museu com as crianças com deficiência. 

Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho 
A premiação está em sua 7ª edição, promovida pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco (Secult-PE) e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), com objetivo de selecionar e premiar ações exemplares, voltadas à proteção e preservação do patrimônio cultural material e imaterial de Pernambuco.

Com três categorias, todos os vencedores da 7ª edição do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco podem ser conferidos no portal www.cultura.pe.gov.br. Ainda na categoria Formação, vencida pelos Guardiões da Justiça 1.0, o 2º lugar foi conquistado pelo projeto “Movi Várzea”.

Na categoria Promoção e Difusão, o 1º lugar vai para o projeto “Pífanos de Pernambuco – Do Mapeamento à Salvaguarda”; e o 2º lugar para o “Festival Mamulengando Pernambuco”.

Já na categoria Acervos Documentais e Memória Cultural, 1º lugar ficou para o projeto “Salvaguarda e Preservação do Acervo Audiovisual da TV Viva Olinda”; e 2º lugar para o projeto “Crônicas de uma Transformação: Preservação do Acervo Fílmico sobre a Construção do Porto de Suape”.

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