IA e 5G: as tecnologias mais importantes para o Brasil de 2022

Especialistas afirmam que a IA e 5G serão destaques no mercado brasileiro e mundial

Segundo a pesquisa, 64% dos diretores brasileiros concordam que esse será um crescimento incontrolável. - Freepik

Garantir uma boa conexão e um bom equipamento viraram sinônimos para uma maior facilidade na rotina em tempos de pandemia, principalmente porque esse período tem mudado a logística de trabalho de muita gente. Quem trabalhava presencialmente agora já vê a possibilidade de home office. E é aqui que entram as maiores apostas dos especialistas entrevistados pelo Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) para o Brasil de 2022: o 5G e a Inteligência Artificial (IA). Sendo a banda larga o destaque com maior menção para o nosso país. 

Segundo o estudo global realizado pela IEEE, divulgado em 2021, dos 350 diretores de tecnologia, TI e informação entrevistados, 95% concordam que a Inteligência Artificial (IA), em conjunto com o aprendizado de máquina (machine learning) e a banda larga 5G, prevista para ser implementada no Brasil este ano, vão ser os principais destaques tecnológicos dentro das indústrias mundiais em 2022.

Como afirma Filipe Tôrres, membro do instituto que divulgou os dados, essas três tecnologias conversam entre si e possuem uma certa dependência uma da outra. Por exemplo, modelos de celular um pouco mais antigos podem até ter acesso ao sinal 4G, mas não têm as especificações técnicas necessárias para aceitarem a banda larga 5G. 

Quando falamos de aparelhos conectados, estamos falando de uma população brasileira que, de 2019 para 2021, teve um salto não só no número de usuários de internet como também na quantidade de dados trafegando pelo país. Isso de acordo com dados das pesquisas do TIC domicílios, feita pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e do Comitê Gestor ,da Internet no Brasil (CGIbr). 

Com relação ao número de usuários, de 2019 para 2020, 81% da população com 10 anos ou mais passaram a ser usuários da rede. Essa porcentagem, dos mais de 213 milhões de brasileiros estimados pelo IBGE em 2020, representa 152 milhões de usuários. Em 2019, a porcentagem era de 71%. E a tendência para o ano de 2021 era de aumento na quantidade de pessoas utilizando. Com mais usuários, maior a quantidade de dados "passeando" pelo Brasil.  

O CGIbr registrou um aumento de 60% com relação ao ano anterior na quantidade de dados "transitando" pelo Brasil que, segundo a pesquisa, foi um pico de 16 Tbps (Terabytes por segundo). 

Para se ter uma noção, em 1 Tb, é possível armazenar: 250 mil fotos tiradas com uma câmera de 12MP; 250 filmes ou 500 horas de vídeo HD ou 6,5 milhões páginas de documentos. Também equivale a 1.300 armários físicos cheios de papel (dados da empresa de armazenamento em nuvem Dropbox). 

“O uso dessas tecnologias é muito mais naturalizado do que pensamos. Os bancos digitais e a 4G são bons exemplos delas atuando no nosso dia a dia”, afirma Filipe. 

Mais da metade dos líderes brasileiros em TI entrevistados pelo IEEE acreditam que o resultado da mudança para o trabalho híbrido e a pandemia impulsionarão um aumento do número de dispositivos conectados. O crescimento do uso comercial dessas conexões é outro ponto positivo indicado.

Conexão e inclusão

Segundo a pesquisa, 64% dos diretores brasileiros concordam que esse será um crescimento incontrolável. Pode até ser um cenário bom para o mercado, mas não necessariamente para o brasileiro.

Presidente do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec), Raquel Saraiva e fala que “esse crescimento incontrolável afeta diretamente a regulação dessas tecnologias porque a gente não tem como prever o que vai acontecer, como esse uso vai se dar e o que mais de tecnologia pode surgir no futuro”.

Filipe e Raquel concordam no seguinte ponto: o Brasil ainda engatinha quando o assunto é investir na área tecnológica para este ano. Seja na área de pesquisa e desenvolvimento de um mercado mais atuante do que importador, de acordo com Filipe, quanto na área de políticas de inclusão digital, para que ao mesmo tempo que essas tecnologias entrem no Brasil, elas sejam utilizadas por todos, como fala Raquel.

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