Intel apresenta nova diretora, revela estratégias para 2023 e detalha supercomputador
Fabricante de processadores mostrou também demos das novas CPUs para data centers Xeon
A Intel apresentou, na última quinta-feira (2), em evento para jornalistas e outros comunicadores, em São Paulo, sua nova diretora-geral para Operações no Brasil, Claudia Muchaluat, e aproveitou para revelar as estratégias para 2023.
Com uma reestruturação da equipe para focar ainda mais no Brasil e na América Latina - que envolveu o anúncio do novo diretor de Canais, Distribuição e Ecossistema para o Brasil, Marcelo Montenegro-, a fabricante de processadores mostrou, também, demos das novas CPUs para data centers, equipadas com o recém-lançado processador Intel Xeon Scalable de 4ª geração.
Descentralizar para não faltar
Diretora-Geral para Operações no Brasil, Claudia Muchaluat. Foto: Katarina Bandeira/Folha de Pernmabuco
Em seu discurso, Claudia Muchaluat apontou o compromisso da unidade brasileira com os planos globais da companhia para a implementação da estratégia IDM 2.0. O planejamento inclui a ampliação da rede interna de fábricas da Intel no mundo, que devem ser inauguradas para produção em larga escala de seus produtos, a expansão das relações com fábricas terceirizadas, além dos planos da fabricante de se tornar um dos maiores fornecedores para contratação de produção de semicondutores com base na Europa e nos Estados Unidos.
A descentralização da produção é uma forma da empresa se preparar para situações como a Covid-19. Durante a pandemia, gigantes da tecnologia não conseguiram atender diversas demandas de varejistas porque a produção estava centralizada, em sua maioria, na China. Sem conseguir manter as fábricas funcionando, por conta dos diversos lockdowns do país, o mercado presenciou uma escassez de chips em todo o mundo e, consequentemente, aumento de preços e falta de produtos.
“A ideia é que a gente leve essa visão de cadeia de suprimentos global resiliente e descentralizada para outro patamar. Esperamos que, com tudo o que a gente tem feito em investimento, em execução, possamos elevar a capacidade de entrega e fabricação”, afirma Cláudia.
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“Hoje, semicondutor está em tudo, da geladeira ao carro. Neste momento, o mercado está num momento mais difícil, mas a estratégia da Intel é olhar para frente. É uma estratégia de longo prazo”, completou Carlos Augusto Buarque, diretor de Marketing da Intel Brasil
Novos processadores Xeon
Além de falar sobre os objetivos da Intel para o futuro, os executivos também deram mais detalhes sobre a aplicação dos novos processadores Xeon Scalable de 4ª geração com Intel vRAN Boost, construído para enfrentar e resolver desafios de computação em escala. Eles oferecem o dobro da capacidade em relação à geração anterior, economizando até 20% de energia com aceleração integrada e, segundo a apresentação, têm entre os destaques uma grande capacidade processamento de aplicações voltadas para IA e Data Analytics.
Durante o Mobile Word Congress (MWC), em Barcelona, na Espanha, a empresa demonstrou o desempenho de carga de trabalho de 1 Tbps para 5G User Plane Function (UPF) usando o chip. Vale ressaltar que ele é voltado para aplicações de negócios, o público B2B.
Supercomputador argentino
Por fim, a empresa deu detalhes sobre suas aplicações no 82º supercomputador mais potente do mundo, instalado na Argentina, inaugurado na quinta-feira (2). O dispositivo é equipado com processadores Intel Xeon de 4ª geração, sendo fabricado pela Lenovo, superando, em 40 vezes, o computador mais potente instalado hoje no país hermano.
O supercomputador estará aberto a toda a comunidade científica e tecnológica do país e começará a funcionar entre o final de abril e maio. Ele será usado para cálculos, entre outras operações, e ficará no Centro de Computação do Serviço Meteorológico Nacional.
*A repórter viajou a convite da Intel.