Microsoft fecha acordo com NVIDIA e Nintendo para oferecer Call of Duty por 10 anos
Manobra da empresa é uma forma de tentar driblar os reguladores antitruste europeus e americanos
A Microsoft deu uma grande cartada para tentar garantir que a aquisição da Activision, feita no ano passado, passe ilesa pelas leis antitruste da União Europeia e dos Estados Unidos. Para isso, a gigante dos computadores anunciou uma parceria de 10 anos para levar os jogos da série Call of Duty - produzidos pela distribuidora estadunidense - e outros títulos de PC ao serviço de jogos em nuvem da NVIDIA, GeForce NOW e também ao catálogo da Nintendo.
A princípio, o acordo teria sido oferecido à Sony, que não aceitou os termos da Microsoft. Em um comunicado ao Games Industry.biz feito no ano passado, o chefe da PlayStation, Jim Ryan, revelou que o acordo oferecido pela gigante era "inadequado em muitos níveis".
“Depois de quase 20 anos de Call of Duty no PlayStation, a proposta deles era inadequada em muitos níveis e não levava em conta o impacto em nossos jogadores. Queremos garantir que os jogadores do PlayStation continuem tendo a experiência de Call of Duty da mais alta qualidade, e a proposta da Microsoft mina esse princípio", disse.
De acordo com a Microsoft, o acordo entre as empresas (NVIDIA e Nintendo) permitirá que os jogadores transmitam títulos do Xbox PC da GeForce NOW para PCs, macOS, Chromebooks, smartphones e outros dispositivos. Ele também deve liberar que os títulos de PC da Blizzard, como Call of Duty, sejam transmitidos no GeForce NOW, mas somente após o fechamento da aquisição da Activision pela Microsoft.
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Por enquanto, ainda não se sabe se os acordos feitos pelas três empresas serão suficientes para convencer os reguladores a concordarem com a aquisição da Activision, mas é um importante passo para a gigante defender o seu acordo na Europa e nos EUA.
A União Europeia estabeleceu até 11 de abril para uma decisão final sobre a proposta de aquisição da Activision pela Microsoft.