Musk aborda nova política de moderação no Twitter durante evento para anunciantes

Desde a compra, Musk relaxou a moderação de conteúdo, permitindo a volta de usuários banidos

Twitter é uma rede social em forma de microblog - Pixabay

O diretor executivo do Twitter, Elon Musk, buscou tranquilizar os anunciantes preocupados com o rumo da rede social, ao apresentar uma nova política de moderação de conteúdos na plataforma durante um evento sobre marketing em Miami Beach, na Flórida, nesta terça-feira (18).

O bilionário falou sobre a iniciativa "Liberdade de expressão, não de alcance", anunciada na segunda-feira pelo Twitter, com a qual a plataforma promete restringir a visibilidade dos tuítes que não respeitam suas regras.

"Se alguém tem algo odioso a dizer, isso não significa que deva ter um microfone", disse Musk a profissionais de publicidade, fãs e jornalistas reunidos no luxuoso hotel Fontainebleau.

"Essa pessoa deve poder dizer isso, mas (esse discurso) não precisa ser imposto às pessoas", acrescentou.

Desde que comprou o Twitter, Musk relaxou a moderação de conteúdo, permitindo o retorno de muitos usuários banidos por postagens que os proprietários anteriores da plataforma diziam incitar ódio ou desinformação.

De acordo com um estudo publicado este mês pela Insider Intelligence, a receita da empresa caiu 28% este ano, porque "os anunciantes não confiam em Musk".

Com sua nova política, a rede social começará em breve a adicionar mensagens para identificar tuítes cuja visibilidade foi reduzida por violação das regras da plataforma.

Musk, que se apresenta como um ferrenho defensor da liberdade de expressão, alertou os anunciantes de que não mudará suas ideias sobre o assunto para gerar mais receita.

"Não tem problema dizer que você quer que sua propaganda apareça em alguns lugares do Twitter e não em outros lugares", afirmou o empresário de 51 anos. "Mas não é legal tentar dizer o que se pode ou não fazer. E se isso significa que o Twitter vai perder centenas de milhares de dólares, que seja".

Desde a compra da rede social, Musk demitiu muitos funcionários, reduzindo a força de trabalho da empresa de 7.500 para menos de 2 mil funcionários.

Para gerar novas receitas, Musk lançou uma assinatura paga de US$ 8 por mês, o Twitter Blue, para usuários que desejam obter a verificação azul em suas contas, uma garantia de autenticidade.

Mas, de acordo com a ONG NewsGuard, dezenas de "propagadores de notícias falsas" pagaram para ter a verificação e inundar a plataforma de desinformação.

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