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Novo sistema de alerta do Brasil ficará disponível no próximo mês; entenda como funcionará

Avisos serão enviados diretamente para os celulares dos brasileiros presentes em áreas de risco 

Aviso será disponibilizado na tela dos celulares dos brasileiros - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um alerta que suspende as atividades do celular e traz informações de segurança. É dessa forma que o novo sistema de avisos sobre desastres do Governo Federal irá funcionar. Testado durante os meses de agosto e setembro, o programa começará a funcionar no próximo mês. 

A informação foi divulgada nesta semana pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante o programa Bom Dia, Ministro. 

"Existe um cronograma para no dia 4 de novembro a gente reunir todos os estados brasileiros, representados por suas autoridades nesta política pública de resposta ao desastre, para nivelar o início de operações, agora por definitivo, inicialmente em todos os estados do Sul e Sudeste", anunciou Waldez.

Aviso será disparado sem a necessidade de cadastro
Batizado de Defesa Civil Alerta, o sistema da Defesa Civil Nacional irá utilizar a rede de telefonia celular para emitir os avisos, com alerta sonoro e vibratório, que deverão se sobrepor ao conteúdo na tela. O alarme funcionará inclusive em celulares no modo silencioso. 

O alerta será enviado para todos os aparelhos detectados em áreas de risco de desastres naturais como alagamentos, enxurradas, enchentes, deslizamentos de terra e vendavais.

Além disso, o sistema também deverá fornecer instruções sobre como se proteger dos desastres. Para tal, serão disponibilizadas informações como áreas seguras para abrigo e rotas de evacuação, por exemplo. Para receber o aviso não será preciso realizar nenhum tipo de cadastro prévio.

Mensagem será enviada para presentes em áreas de risco | Foto: Governo do RS/DivulgaçãoMensagem será enviada para presentes em áreas de risco | Foto: Governo do RS/Divulgação

Entenda a tecnologia por trás do sistema
Para garantir que o alerta seja enviado, a iniciativa utilizará o Sistema de Transmissão via Telefonia Celular, que permite o envio de mensagens de texto. O conteúdo dos alertas será de responsabilidade das Defesas Civis dos municípios e estados.

O comunicado será enviado para os aparelhos que estejam conectados à rede móvel 4G ou 5G. Caso o alerta seja considerado grave, um sinal sonoro semelhante a uma sirene também será disparado no celular. Com isso, todos os smartphones presentes na região funcionarão como um alarme abastecido com informações em tempo real.

Ampla base de dados será usada na prevenção
As informações serão sincronizadas com os dados do sistema de monitoramento que é composto pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) em conjunto com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o Serviço Geológico Brasileiro. 

“São várias instituições que reúnem essas informações meteorológicas, hidrológicas, ocorrências como essas, enchentes, estiagens, e essas informações são sistematizadas. Nós, na integração com os estados do Brasil, fazemos todo esse processo de seguir com o alerta. Agora com o sistema novo creio que vamos ser muito mais eficientes nessa política pública”, detalhou o ministro.

O formato de notificação unificado é inédito no Brasil e foi desenvolvido por meio de uma parceria que contou com a participação dos ministérios das Comunicações (MCom) e da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e em parceria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de operadoras de telefonia.

Para garantir sua funcionalidade, o sistema foi testado em 11 municípios brasileiros dos estados do Sul e Sudeste. Além disso, o modelo que será usado no Brasil também já está disponível em países como EUA, Canadá, Japão e Coreia do Sul, por exemplo.

"[Alguns] municípios neste momento já [estão] em condições de serem certificados pelo Governo Federal com a capacidade de utilizar a tecnologia de alerta precoce, com seus planos de contingência bem montados onde as pessoas sabem exatamente o risco que correm, a cidade bem sinalizada, por onde as pessoas devem evacuar, quais são as áreas garantidas para as pessoas se protegerem”, detalhou o ministro. 

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