OpenAI lança nova versão do ChatGPT, 'tão boa quanto humanos' em certas tarefas
A empresa contratou mais de 50 especialistas para avaliar os novos perigos que poderiam surgir
A start-up californiana OpenAI, que lançou com grande sucesso no final de 2022 o ChatGPT, capaz de gerar todo tipo de textos sob demanda, apresentou nesta terça-feira (14) o GPT-4, uma nova versão da tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa que opera o famoso chatbot.
"GPT-4 é um grande modelo multimídia, menos habilidoso que os humanos em muitos cenários da vida real, mas tão bom quanto os humanos em muitos contextos profissionais e acadêmicos", afirmou a empresa em um comunicado. "Por exemplo, foi aprovado no exame para se tornar advogado com uma pontuação tão boa quanto os 10% melhores. A versão anterior, GPT 3.5, estava no nível dos 10% piores", acrescentou.
O ChatGPT desperta muito entusiasmo, mas também controvérsia, já que é de livre acesso e é utilizado por milhões de pessoas em todo o mundo para escrever ensaios, linhas de código, anúncios ou simplesmente para testar suas capacidades.
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A OpenAI, que recebeu bilhões de dólares da Microsoft, consolidou-se como líder em IA generativa com seus modelos de geração de texto, mas também de imagens, com seu sistema DALL-E.
Seu diretor executivo, Sam Altman, explicou recentemente que agora está trabalhando na chamada inteligência artificial "geral", ou seja, programas com capacidades cognitivas humanas.
"Nossa missão é garantir que a IA geral, os sistemas de IA mais inteligentes que os humanos em geral, beneficiem toda a humanidade", disse no blog da empresa em 24 de fevereiro.
As capacidades multimídia são um passo nessa direção. Ao contrário das versões anteriores, o GPT-4, que estará disponível no ChatGPT, é dotado de visão: pode processar texto, mas também imagens. No entanto, gera apenas texto.
A OpenAI também observa que, apesar de suas capacidades, o GPT-4 tem "limitações similares" às de seus antecessores. "Ainda não é completamente confiável (inventa fatos e comete erros de raciocínio)", explica.
A empresa anunciou que contratou mais de 50 especialistas para avaliar os novos perigos que poderiam surgir, por exemplo, para a cibersegurança, além dos já conhecidos - geração de conselhos perigosos, código informático defeituoso, informação falsa, etc.