Petrolina se torna ‘laboratório vivo’ de tecnologias inteligentes
Fruto de uma parceria entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Prefeitura de Petrolina, a cidade do Sertão de Pernambuco recebeu, nesta quinta-feira (10), um centro de Comando e Controle de Operações (CCO), semáforos inteligentes, iluminação pública inteligente, câmeras de alta definição e softwares de inteligência artificial para reconhecimento facial e de placas de veículos. A cidade tornou-se um "laboratório vivo", que promete ser referência para todo o Nordeste.
A proposta é promover a adoção destas tecnologias por entes públicos e privados de modo a fomentar a cadeia produtiva associada, além de gerar maior efetividade no controle do tráfego de veículos na cidade.
De acordo com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, a instalação das tecnologias vai ajudar tanto no planejamento, quanto nas ações de mobilidade e de segurança pública. “Toda essa tecnologia, que foi uma parceria com ABDI, vai melhorar a qualidade de vida das pessoas. A cidade já está mais segura a partir desse momento. As outras inovações e benfeitorias virão a partir do amadurecimento do projeto”, afirmou.
Para o presidente da ABDI, Igor Calvet, o projeto Cidades Inteligentes, da Agência, é um instrumento para todos os municípios que queiram modernizar instalações e fazer uso de tecnologias em prol da comunidade. “A importância disso é, sobretudo, a melhoria de vida dos cidadãos. Nosso intuito, na ABDI é levar cada dia mais tecnologia para os municípios brasileiros. Dessa forma não estamos ajudando apenas a gestão pública, mas também empresas que promovem e difundem tecnologias no país”, explicou.
A partir de um decreto municipal assinado pelo prefeito Miguel Coelho, desde agosto deste ano Petrolina adotou o conceito de sandbox, local de realização de testes e desenvolvimento de novas tecnologias para atender as necessidades do município.
A intenção é que startups, empresas de base tecnológica, em parceria com o ecossistema de inovação regional, possam instalar e testar seus protótipos em um ambiente de regulação mais flexível e experimental.
Além das soluções de mobilidade inteligente, empresas poderão utilizar a infraestrutura criada para demonstrar e testar tecnologias de bicicletas compartilhadas, carros elétricos compartilhados, monitoramento climático e meteorológico, hidrômetros inteligentes, lixeiras inteligentes, monitoramento e atuação inteligente por drones, geração de energia solar, entre outros.
O laboratório vivo conta com recursos financeiros repassados à ABDI pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Serão aportados ao todo R$ 7,5 milhões no projeto, sendo R$ 5 milhões do MDR e R$ 2,5 milhões da ABDI. A iniciativa conta ainda com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT).