Rio de Janeiro receberá evento Web Summit a partir de 2023
Edição brasileira fará do Rio de Janeiro a primeira cidade fora da Europa a sediar o evento
O Rio de Janeiro receberá, em 2023, a conferência mundial sobre tecnologia Web Summit, tornando-se a primeira cidade fora da Europa a organizar uma edição do megaevento, informaram os responsáveis nesta terça-feira (3).
A edição brasileira da conferência, no entanto, não substituirá o evento anual realizado em Lisboa, Portugal, mas será um encontro adicional, detalhou o irlandês Paddy Cosgrave, fundador e diretor da Web Summit.
"É um prazer trazer esta nova edição para uma das cidades mais icônicas do mundo", declarou Cosgrave durante uma videoconferência com o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
"Os investidores internacionais estão olhando para a América Latina e para o Brasil em particular, interessados em algumas das startups mais atrativas da região", acrescentou Cosgrave, cujo evento deve reunir na Cidade Maravilhosa cerca de 10.000 pessoas entre os dias 1º e 4 de maio de 2023.
A Web Summit, criada em 2009, teve suas primeiras edições realizadas em Dublin e, a partir de 2016, em Lisboa. Suas conferências costumam contar com a presença de magnatas, como Elon Musk, e celebridades do calibre de Bono Vox, vocalista do U2.
O evento acontece sempre em novembro em Portugal e será mantido, "pelo menos até 2028", segundo os organizadores, que detalharam que o contrato com o Rio de Janeiro é de três anos, podendo ser renovado.
A empresa de Cosgrave já organizou conferências similares em outras cidades, mas não com o nome de Web Summit, como a Collision, em Toronto (Canadá), e a RISE, em Hong Kong.
"Queremos reforçar o papel do Rio como polo de inovação, criar empregos e oportunidades para os jovens", afirmou Paes, que espera um "impacto econômico de pelo menos 1 bilhão de reais" com a edição de 2023.
O Rio sediou os Jogos Olímpicos de 2016, a Copa do Mundo em 2014 e organizou outros eventos internacionais, como a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, a Eco-92.
Startups da América Latina receberam em 2021 cerca de 19,5 bilhões de dólares em investimentos, três vezes mais que no ano anterior, segundo os números divulgados pelo Miami Herald citados por Paddy Cosgrave durante a videoconferência.
Quase metade desse montante (9,4 bilhões de dólares) teve como destino o mercado brasileiro, que tem nada menos que 27 "unicórnios", startups que alcançam um valor de mercado de 1 bilhão de dólares ou mais.
Uma delas, o banco digital Nubank, estreou em dezembro do ano passado na bolsa de valores de Nova York.