Startup criada no Porto Digital utiliza IA na seleção de profissionais
Plataforma usa a tecnologia para aprimorar o processo e aumentar a diversidade e inclusão
Criada no Porto Digital em 2019, a startup Recrut.aí tem modificado o cenário de recursos humanos no Brasil. Premiada como a melhor HRtech do país, a empresa, que possibilita o uso da inteligência artificial na seleção de trabalhadores sem tornar o processo robotizado, marca presença na edição 2023 do REC’n’Play.
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Além do reconhecimento de habilidades profissionais, a ferramenta viabiliza também a identificação de soft skills ou habilidades comportamentais. De acordo com a pernambucana Karol Branco, co-fundadora da startup, a inteligência artificial deve ser utilizada como uma ferramenta para reduzir as desigualdades.
“A plataforma trabalha empregabilidade e o processo seletivo de uma forma que a gente possa ver as pessoas por completo, sem excluir. A gente nasce com essa premissa e com um olhar muito focado no ser humano. No total, mais de 20 milhões de pessoas já passaram pela plataforma e mais de 100 mil conseguiram emprego”, afirmou.
A inteligência artificial da empresa consegue identificar perfis psicológicos muito específicos e indica as pessoas com maior “encaixe” com as vagas oferecidas. É a primeira tecnologia de “volume hiring” (contratação de volume) no país.
“A plataforma já tem vagas e clientes em 17 países. Usamos uma metodologia muito reconhecida dos cinco grandes traços da personalidade humana e aplicamos isso em um questionário simples, que pode ser respondido em cinco minutos. Com ele, pessoas que não têm experiência nenhuma podem ficar em primeiro na parte comportamental, o que torna os processos mais amplos e inclusivos”, destacou a pernambucana.
A co-fundadora destaca ainda que a ferramenta pode ser utilizada inclusive para grandes seleções. “Esse processo já existia, mas estava restrito a um público muito seleto. Nós conseguimos inverter essa lógica e vem dando resultado na ponta”, afirmou.
Além disso, a Recrut.aí permite uma completa personalização dos desejos do empregador. “Essa parte é 100% definida por outro ser humano, não temos modelos prontos. O gestor diz para gente o que precisa e só aí a tecnologia entra em ação”, concluiu Karol.