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Zuckerberg anuncia corte de mais 10 mil postos de trabalho na Meta

A gigante tecnológica também eliminará de seu organograma 5 mil postos atualmente vagos

Facebook/Meta - Chris Delmas/AFP

 

A Meta, empresa proprietária das redes sociais Facebook e Instagram, vai cortar mais 10 mil postos de trabalho, após uma primeira onda de 11 mil demissões no início de novembro — anunciou o CEO do grupo, Mark Zuckerberg, nesta terça-feira (14).

A gigante tecnológica com sede em Menlo Park, na Califórnia, também eliminará de seu organograma 5 mil postos atualmente vagos, para os quais não haverá contratação, acrescentou Zuckerberg, em um comunicado.

Os primeiros afetados serão do departamento de recursos humanos da empresa.

A companhia oficialmente põe fim à onda de contratações devido a demanda alta durante a pandemia da Covid-19, quando as grandes empresas de tecnologia intensificaram suas operações.

Em sequência, os departamentos de tecnologia e negócios também serão afetados. Zuckerberg avisou que, "em um pequeno número de casos, pode levar até o final do ano para essas mudanças serem concluídas".

O cofundador do Facebook e líder visível da rede social alertou em fevereiro que 2023 deve ser "o ano da eficiência" para a Meta, em que se concentrariam para alcançar "uma organização mais forte e ágil".

Com estas duas ondas de demissão que acumulam 26 mil cargos, a Meta terá reduzido sua equipe em 24%.

Esta é uma virada na política da empresa, já que nos seus quase 20 anos de existência o grupo não havia lançado nenhum plano de demissão.

Para Zuckerberg, a decisão é justificada pela necessidade de "tornar a (Meta) uma empresa de tecnologia melhor" e "melhorar os resultados financeiros em um ambiente difícil".

Além de cortar empregos, a empresa vai desacelerar o ritmo de contratações, acrescentou Zuckerberg, que também planeja "cancelar projetos não prioritários".

O grupo anunciou previamente uma pausa nas contratações até o final de março de 2023.

Após apresentar um crescimento fora do comum desde a sua criação, o Facebook - que se tornou Meta no final de 2021 - sofre desde o ano passado com a queda na publicidade online.

O movimento é acentuado pela mudança no sistema operacional do iPhone (iOS), que não permite mais que a plataforma colete tantos dados sobre seus usuários quanto antes.

Como toda a indústria de tecnologia, a Meta sofre com a alta dos juros, o que penaliza um setor que precisa de caixa para financiar seu desenvolvimento.

Além disso, o Facebook e Instagram enfrentam uma concorrência em ascensão, especialmente da plataforma de vídeo TikTok, que está reduzindo sua participação no mercado.

Os problemas que a Meta enfrenta fizeram o preço das suas ações caírem mais de 60% em 2022, embora o seu valor tenha sido recuperado parcialmente desde o começo do ano - graças à promessa de Zuckerberg de redirecionar a gestão.

O faturamento da Meta foi para US$ 116,6 bilhões em 2022, uma queda de 1%.

O preço das ações da Meta no mercado de ações disparou mais 5% após o anúncio dos últimos cortes na equipe.

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