Amazon faz o caminho inverso da tendência e-commerce e inaugura loja física com tecnologia inteligente

Nessa segunda-feira, a jornalista Isabela Pontes, pós-graduada em Comunicação em Moda pelo IED de Madri, entrevistou a jornalista Caline Migliato, que já trabalhou na Vogue espanhola e é autora do livro "Moda em Pauta”. 

Londres
Para auxiliar, Isabela convidou o jornalista e PR, Emerson Zanette, radicado em Londres, na Inglaterra, que passa a ser um braço internacional da TV Aurora. Na ocasião, conversaram sobre Comunicação em Moda, em que abordaram diversas frentes. 

E-commerce

“Aqui em Londres observamos uma mudança das grandes lojas de fast fashion como Zara, H&M e Topshop, em que estão sendo substituídas por novos nomes. São lojas que já vêm do mundo online, como Asos, Net a Porter e Boohoo e são poderosíssimas. Todas elas só vendem pela internet, aliás surgiram para vender só e-commerce”, comentou o jornalista Emerson.

Emerson Zanette e Caline Miglioti em entrevista para TV Aurora

Fast fashion

Apesar da sustentabilidade ser o novo foco do mundo, segundo o PR, o fast fashion não morreu. “O que vemos por aqui é a diminuição da importância das lojas físicas das fast fashion. Todas continuam no online e, justamente as mais fortes, produzem fast fashion”, esclarece Zanette. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Topshop

É o caso da loja ícone da Inglaterra, Topshop, que fechou mais de 30 lojas no Reino Unido. Além de não conseguir acompanhar os concorrentes online, a empresa é acusada de seguir em prol do meio ambiente e o fato do dono do grupo ter sido mencionado numa série de acontecimentos envolvendo escândalos e acusações de assédio sexual e racial. 
 
Zara

O grupo Inditex prevê o fechamento de 1.200 lojas como parte de uma tentativa de impulsionar as vendas. No entanto, planeja investir 1 bilhão de euros em sistemas de TI anualmente nos próximos três anos para melhorar sua tecnologia e focar em suas melhores lojas. 

Vendedores

Essa tendência do desapego pela loja física é uma realidade que já existia em Londres, antes mesmo da pandemia. “Mesmo as grandes varejistas, já não contavam com muitos vendedores. Apenas nas lojas muito luxuosas e sofisticadas era que tinham vendedores para auxiliar os clientes”, explica o PR.

Loja física

Na contramão da venda online x lojas físicas, a Amazon lançou o supermercado Amazon Fresh (foto), no Reino Unido. “É um espaço físico sem a necessidade do contato com outras pessoas para evitar o risco do COVID. O mercado utiliza uma série de sensores para acompanhar as compras do usuário”, afirmou o brasileiro radicado na Inglaterra. A solução é a mesma utilizada nos mercados Amazon Go nos Estados Unidos.

Amazon Fresh é o novo mercado inteligente da gigante

Tela

Já a jornalista Caline abordou destacou a nova realidade da moda no nosso dia a dia. “O mercado vai oferecer roupas e calçados mais confortáveis. O foco será nas blusas, acessórios e maquiagem, já que as pessoas ficarão mais tempo sentadas e de frente para tela”, explica autora do livro "Moda em Pauta".

 

Novo diálogo

Sobre a sustentabilidade, a coordenadora de pós-graduação do IED-SP, diz que aos poucos as empresas já mudam o posicionamento. “Recentemente, a Levi´s e a H&M, fizeram campanhas sobre a sustentabilidade. O diálogo e a comunicação da moda terão que ter esse olhar”, reforçou. 

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