“Assassinato no Fim do Mundo”: crime e tecnologia na trama envolvente da série da Star+

Entre tecnologia e assassinato, série mergulha no universo sombrio da investigação com Emma Corrin

Emma Corrin faz um ótimo trabalho em "Assassinato no Fim do Mundo" - Reprodução

Em um cenário de suspense, “Assassinato no Fim do Mundo”, disponível na Star+, emerge como uma série que cativa não apenas pelos seus mistérios, mas também pela astúcia de uma jovem detetive amadora da Geração Z, interpretada com êxito por Emma Corrin, cujo talento já brilhou em produções como “The Crown”, da Netflix.

A trama obscura é meticulosamente elaborada por Brit Marling e Zal Batmanlij, a mesma dupla americana por trás de “The OA” (Marling, protagonista de ‘The OA’, também atua na série da Star+), oferecendo uma narrativa que mantém os espectadores à beira de seus assentos. A presença marcante de Alice Braga no elenco, trazendo uma energia brasileira para o suspense, é um ponto adicional de interesse.

“Assassinato no Fim do Mundo” nos apresenta a Darby Hart (Emma Corrin), filha de um legista e uma habilidosa hacker. Desde a infância, ela desenvolveu uma fascinação peculiar por crimes não resolvidos. A série se inicia com Darby e outros onze hóspedes sendo convidados para um retiro em um local remoto. A reviravolta ocorre quando um dos convidados é encontrado morto, desencadeando a investigação de Darby para provar que se trata de um assassinato. 

O paralelo entre “Assassinato no Fim do Mundo” e o clássico de Agatha Christie, “E Não Sobrou Nenhum”, é inegável. Ambas as histórias envolvem a misteriosa reunião de pessoas em um local isolado, onde a morte se torna uma presença inevitável. No entanto, “Assassinato no Fim do Mundo” acaba sendo mais ousado, ao mesmo tempo em que homenageia o clássico, adiciona camadas modernas e um toque tecnológico à trama.

A trilha sonora, com a presença marcante de artistas como Annie Lennox e Frank Ocean, é um destaque importante. A escolha cuidadosa das músicas amplifica as emoções e a atmosfera de cada cena, criando uma experiência audiovisual rica.

Tecnologia e humanidade

Um dos pontos mais intrigantes da série é a exploração profunda da dicotomia entre tecnologia e humanidade. O cenário de um hotel tecnológico, onde cada quarto é governado por uma inteligência artificial, provoca reflexões sobre a nossa crescente dependência de dispositivos e o preço que estamos dispostos a pagar por conforto e segurança.

“Assassinato no Fim do Mundo” entrega um enredo envolvente e reviravoltas impressionantes, além de explorar temas contemporâneos e relevantes. A série destaca-se como um marco na interseção entre crime, tecnologia e a próxima geração de detetives, proporcionando uma experiência que continua ecoando no desejo de assistir ao próximo episódio. Vale a pena. 

*Fernando Martins é jornalista e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Instagram: @umaseriedecoisas.
*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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