Derivado com Daryl Dixon tem mesmos acertos da produção protagonizada por Maggie

Narrativa e expansão geográfica no mundo pós-apocalíptico são elementos positivos em ambas as séries

Daryl Dixon, interpretado por Norman Reedus, é o protagonista do novo derivado de "The Walking Dead" - Reprodução

Em setembro de 2023, o universo zumbi de “The Walking Dead” ganhou uma expansão significativa com o lançamento do mais recente spin-off, "The Walking Dead: Daryl Dixon". Criada por David Zabel para a AMC, a série mergulha na jornada solitária de um dos personagens mais querido da saga, interpretado por Norman Reedus.

Inicialmente concebido como um spin-off centrado na dinâmica da dupla Daryl e Carol (Melissa McBride), o projeto tomou um rumo diferente quando a intérprete de Carol anunciou que não faria parte do projeto – pelo menos por enquanto. O resultado é uma exploração mais íntima da complexidade do personagem Daryl Dixon, agora enfrentando os desafios de uma França pós-apocalíptica.

A trama segue Daryl em sua jornada pela França devastada, trazendo uma perspectiva única para o universo de “The Walking Dead”, perspectiva essa, inclusive, muito positiva e semelhante ao que Maggie (Lauren Cohan) fez quando protagonizou seu próprio derivado de “The Walking Dead”, intitulado de "Dead City" e ambientado em Nova York. À medida que Dixon tenta encontrar seu caminho de volta para casa, novos relacionamentos surgem, complicando seu percurso já difícil. Além de Norman Reedus, o elenco inclui talentos como Clémence Poésy (Harry Potter), Adam Nagaitis (Chernobyl), Anne Charrier (Easy Money), Eriq Ebouaney (Lumumba), Laika Blanc Francard (Reign Supreme), Romain Levi (Savages) e Louis Puech Scigliuzzi.

Quando se considera a proliferação de derivados de “The Walking Dead”, algumas produções podem parecer redundantes. Contudo, "Daryl Dixon" se destaca ao apresentar uma expansão geográfica para Paris, além do mesmo mergulho nas relações humanas em meio à catástrofe zumbi que vemos em toda produção desse universo. A série arrisca explorar novos territórios, levando o público a lugares inexplorados e fornecendo uma perspectiva única sobre como diferentes regiões foram afetadas pelo apocalipse.

O projeto confirma a eficácia da estratégia de criar derivados autônomos, intrigantes e tecnicamente cinematográficos. Ao contrário de simples extensões de uma história já conhecida, "Daryl Dixon" oferece uma narrativa fresca, atraente e capaz de se sustentar. O anúncio de uma segunda temporada (“Dead City”, o derivado de Maggie, também foi renovado) só corrobora o sucesso da abordagem de expansão do universo. Vale lembrar que um outro derivado, com Rick Grimes (Andrew Lincoln) e Michone (Danai Gurira), tem previsão de estreia para 25 de fevereiro, nos Estados Unidos.

Sem previsão para o Brasil

Um ponto a se considerar é a ausência de uma previsão de estreia no Brasil para os derivados mais recentes de “The Walking Dead”. Por outro lado, a série original pode ser vista na Netflix e na Prime Video, enquanto os spin-offs “Fear The Walking Dead” e “The Walking Dead: World Beyond” estão disponíveis na Prime.

Em resumo, "The Walking Dead: Daryl Dixon" é uma adição bem-sucedida ao universo zumbi, explorando novas nuances do personagem icônico de Norman Reedus. Mesmo após tantas temporadas e alguns tropeços em derivados, o mundo de “The Walking Dead” ainda pode oferecer surpresas e emoções.

*Fernando Martins é jornalista e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Instagram: @umaseriedecoisas.
*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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