Derivado de “9-1-1” chega ao Brasil com diversidade no elenco
Depois de criar e produzir séries de sucesso como “Pose”, “American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace”, “American Horror Story” e “Glee”, o showrunner e roteirista Ryan Murphy está longe de parar por aí. Com o bom desempenho da série “9-1-1”, parceria de Murphy com Brad Falchuk, chegou a vez de a dupla repetir o feito com o derivado “9-1-1: Lone Star”, que estreia no Brasil pela Star Channel (antiga Fox) na próxima terça-feira (16), às 22h.
Quem também se junta a Murphy e Falchuk no time de criadores do derivado é Tim Minear. A série terá episódios duplos exibidos toda terça-feira, às 22h, na Star Channel. Atualmente, nos Estados Unidos, a produção exibe a segunda temporada.
À primeira vista, o derivado de “9-1-1” tem a mesma premissa que sua original: ambos mostram o dia a dia do corpo de bombeiros, dos atendentes de emergência e dos paramédicos durante os chamados, além de trazer questões próprias de cada personagem. O que já era bom na série mãe, no spin-off fica igualmente (senão mais) interessante. A coluna USDC teve acesso aos dois primeiros episódios da temporada 1.
Cada episódio traz chamadas de emergências diferentes contando histórias das vítimas e como a equipe de resgate reage a elas. Depois de uma tragédia, Owen Strand (Rob Lowe) e seu filho T.K (Ronen Rubinstein) resolvem se mudar para Austin, no Texas, e recomeçar suas vidas em uma nova estação de bombeiros. Pai e filho possuem a mesma profissão e precisam unir novos membros para a equipe, entre eles a mulçumana Marjan Marwani (Natacha Karam) e o transgênero Paul Strickland (Brian Michael).
Mais diversidade
Ainda que “9-1-1” tenha mulheres negras e lésbicas em destaque nos ambientes predominantemente machistas, o que “9-1-1: Lone Star” faz é ir ainda mais fundo nas questões de raça e gênero, abrindo o leque para que outras vozes também possam ser ouvidas.
Outro arco para ficar atento e que acontece fora do corpo de bombeiros é o da paramédica Michelle Blake e seu colega policial Carlos Reyes. Interpretada por Liv Tyler (The Leftovers), a personagem precisa do auxílio do amigo – vivido pelo ator brasileiro Rafael Alves – para entender o que aconteceu com sua irmã, até então desaparecida há anos.
Aliás, a torcida é que tenhamos mais destaque para o policial Carlos. Não apenas por acompanhar um ator brasileiro ocupando espaço (bem merecido, diga-se de passagem) em seriado americano, mas pelo aprofundamento que o personagem adiciona na trama. De novo inserindo minorias em ambiente historicamente hostil, Carlos é um policial gay e latino que ama seu trabalho. Um passo importante e significativo da produção na intenção de deixar a ficção mais parecida com a realidade. Veja o trailer de “9-1-1: Lone Star”:
*Fernando Martins é jornalista, escritor e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Acesse o Portal, Podcast e redes sociais do Uma Série de Coisas neste link.
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