Em março, streamings investem em bons mistérios: um na Casa Branca, outro dentro de casa

Os streamings se preparam para receber duas novas séries que prometem fisgar o público com tramas intrigantes e elenco de peso. “The Residence”, da Netflix, e “Good American Family”, do Hulu, chegam em março apostando em mistério e suspense, mas com abordagens bem diferentes. De um assassinato nos bastidores da Casa Branca a um caso bizarro de identidade dentro de uma família adotiva, ambas as produções prometem mexer com a curiosidade e as emoções dos espectadores.

“The Residence”: Política e assassinato na Casa Branca  

Com estreia marcada para 20 de março na Netflix, “The Residence” se aventura nos bastidores da Casa Branca com um crime que transforma um jantar de gala em um enigma policial. Criada por Paul William Davies e produzida pela renomada Shondaland (“Grey’s Anatomy”, “Scandal” e “Bridgerton”), a série mescla mistério e humor, apostando em uma protagonista carismática: Cordelia Cupp, interpretada por Uzo Aduba.

Diferente dos clássicos thrillers políticos, a produção parece se inspirar no tom irreverente e apresenta um assassinato no formato whodunit, ou seja, com narrativa que conta a história de um crime e a tentativa de descobrir quem o cometeu. A Casa Branca, com seus 132 cômodos e 157 suspeitos, se torna um tabuleiro de mistério onde Cordelia, uma detetive cheia de ironia, precisa descobrir quem matou A.B. Wynter, chefe de cerimônias do governo. Ao lado do agente do FBI Edwin Park (Randall Park), ela desfia uma teia de mentiras e interesses ocultos, enquanto esbarra em personagens excêntricos e poderosos.

Com um elenco de peso que inclui Giancarlo Esposito, Susan Kelechi Watson e Jane Curtin, “The Residence” promete trazer um mistério envolvente, sem perder o tom que tornou as produções de Shonda Rhimes tão populares.

“Good American Family”: Uma adoção cercada de segredos  

Se na Netflix o mistério gira em torno do poder e da política, no Hulu ele se manifesta dentro de um ambiente familiar. “Good American Family”, que estreia em 19 de março nos Estados Unidos, traz Ellen Pompeo em um papel bem diferente do que os fãs de “Grey’s Anatomy” estão acostumados. Aqui, ela vive uma mãe que, junto ao marido (Mark Duplass), decide adotar uma criança com uma condição rara de nanismo. O que parecia uma nova etapa de felicidade se transforma em um mistério perturbador quando o casal começa a suspeitar que a menina pode não ser quem diz ser — ou, pior, que talvez ela nem seja uma criança.

Baseada em uma história real que virou manchete nos Estados Unidos, a série mistura drama e suspense psicológico ao explorar os dilemas e medos dessa família. Com um enredo que transita entre o tribunal e os tabloides, a produção mergulha na paranoia dos pais, enquanto a jovem adotada (interpretada por Imogen Reid) enfrenta seu próprio conflito sobre sua identidade. O elenco ainda conta com Christina Hendricks, Dulé Hill e Sarayu Blue. 

Essa história, no entanto, não é novidade. O caso foi adaptado em formato de longa-metragem com os filmes “A Orfã” e “A Orfã 2: A Origem”, atualmente disponíveis na Max. 

No Brasil, “Good American Family” estará disponível no Disney+ no dia 19 de março.

Expectativas 

Ambas as séries chegam ao streaming com grande expectativa. “The Residence” deve agradar fãs de tramas políticas com um toque de comédia afiada, enquanto “Good American Family” aposta em um suspense doméstico com um caso que já intrigou o público na vida real e com Ellen Pompeo em seu primeiro papel após 20 anos interpretando Meredith Grey. Resta saber qual dessas histórias vai prender os espectadores até o último episódio — e qual mistério terá a melhor solução.

*Fernando Martins é jornalista e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Instagram: @umaseriedecoisas.

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