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O começo do fim: ‘La Casa de Papel’ retorna com primeira parte da fase final

Em "La Casa de Papel", embate entre o Professor (Álvaro Morte) e Sierra (Najwa Nimri) é um dos momentos mais aguardados - Divulgação/Netflix

Depois de dois roubos, tiros, mortes e reviravoltas, “La Casa de Papel” já tem data para acabar. A parte 5 estreia a primeira leva de episódios nesta sexta-feira (3), enquanto os últimos chegam ainda este ano, no dia 3 de dezembro, na Netflix.  

A produção ganhou o público quando reuniu personagens com o único objetivo: roubar a Casa da Moeda da Espanha. Rapidamente a série virou febre pelo mundo afora, com personagens queridos e odiados. Ao longo das temporadas, foram utilizadas 300 locações em sete países – Espanha, Tailândia, Dinamarca, Panamá, Portugal, Itália e Reino Unido – no que seria uma das séries mais populares da Netflix. Atenção, spoilers a seguir.

Relembrando

Já faz mais de 100 horas que a última missão começou no Banco da Espanha. O grupo de assaltantes ainda estão abalados com a morte de Nairóbi (Alba Flores), mas conseguiram resgatar Lisboa (Itziar Ituño). Ainda assim, há pouco o que comemorar.

Isso porque o Professor (Álvaro Morte), que coordenava tudo de seu esconderijo, foi descoberto por Sierra (Najwa Nimri), e pego de surpresa pela primeira vez. Em paralelo, o exército chega e se revela como o principal inimigo do grupo, que agora tem que se virar sem a voz do seu líder. Agora, só resta resistir ou morrer e a guerra vai começar.

Novos personagens

Para os próximos episódios, três rostos novos chegam para compor a fase final. O personagem Berlim (Pedro Alonso), mesmo que tenha morrido em temporadas anteriores, continua fazendo aparições em flashback. 

Nessas lembranças, somos apresentados ao seu filho, Rafael, interpretado por Patrick Criado (Antidisturbios). A descrição divulgada do personagem diz que ele tem 31 anos, estudou engenharia da computação no MIT e está decidido a não ser como seu pai. Já é um começo. 

Também conhecemos René, ex-namorado de Tóquio (Úrsula Corberó). O casal já praticava alguns assaltos antes dela conhecer o Professor, mas as coisas acabaram não dando certo entre eles. René é interpretado por Miguel Ángel Silvestre, conhecido principalmente por “Sense8”. O convite para “La Casa de Papel” aconteceu depois que o ator trabalhou em outra série do mesmo criador de LCDP, Álex Pina, intitulada “Sky Rojo”, também da Netflix (saiba mais sobre a série aqui).

Por último, também estreia no elenco o ator José Manuel Seda, interpretando Sagasta, comandante das Forças Especiais do exército espanhol. Tudo indica que ele será um dos principais antagonistas desses últimos capítulos. Em descrição oficial, Sagasta é um líder nato, que “quando Sagasta coloca o uniforme, ele se torna analítico, frio e implacável, capaz de ir além de qualquer ética ou convenção moral se a missão exigir”. Medo.

Herança para a Espanha 

“La Casa de Papel” foi um sucesso que ninguém esperava. Inicialmente, ela não rendeu bons frutos no canal de TV espanhol Antena 3 e só quando foi disseminada pelo streaming que começou a ser bem quista internacionalmente. Movimento parecido aconteceu com “Vis a Vis”, do mesmo criador, que não atingiu a audiência desejada até entrar no mesmo catálogo da sua irmã.

O fato é que a visibilidade deu certo nas plataformas, que abriram espaço para outras séries internacionais fazerem sucesso. A Espanha é lar de muitas produções cinematográficas e televisivas de qualidade, cheias de reviravoltas e dramas intensos. Independente de gosto, LCDP abriu uma porta que permanecerá aberta por muito tempo: a do interesse por uma cultura diferente da nossa, mas tão semelhante em outros aspectos.

*Fernando Martins é jornalista, escritor e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Acesse o Portal, Podcast e redes sociais do Uma Série de Coisas neste link

*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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