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Série “The Wilds” se inspira em "Lost" e reinventa enredo para jovens

Nove meninas tentam sobreviver em "The Wilds: Vidas Selvagens" - Divulgação/Prime Video

Ainda em dezembro do ano passado estreou “The Wilds: Vidas Selvagens” prometendo ser uma das principais apostas da Amazon Prime Video para 2021, pelo menos é o que se espera. Já estando renovada para segunda temporada, a série tem uma premissa que desperta interesse logo de cara: um avião que cai numa ilha, deixando as sobreviventes à mercê da sorte. 

Nove garotas embarcam nesta viagem com destino ao Havaí. Elas não são próximas, mas foram reunidas para uma espécie de acampamento de verão, algumas como forma de punição. A motivação dos pais de castiga-las é desenvolvida ao longo dos episódios. Neste aspecto, a história se assemelha ao seriado “Lost”, já que cada episódio contextualiza a vida de uma personagem antes, durante e até depois do acidente.

Sim, logo no episódios piloto vemos que uma das meninas foi resgatada e está contando sua versão dos fatos para a polícia. Isso não é spoiler, todos os episódios são narrados desta maneira, isso garante que os telespectadores queiram chegar até o fim da temporada, será que todas estão vivas? O que aconteceu na ilha? São boas provocações.

O que deixa “The Wilds” mais rica é que cada personagem traz um questionamento social diferente e que pode ser discutido na vida real. Toni (Erana James), por exemplo, acaba sendo vítima de homofobia por uma das garotas conservadoras. 

Leah (Sarah Pidgeon) levanta o tema da saúde mental, sendo a jovem que tem o psicológico mais abalado tanto antes do acidente quanto depois. Quando ela começa a desconfiar que talvez o acidente tenha acontecido de propósito e que uma das sobreviventes pode estar guardando algum segredo, o programa chega bem perto da proposta estabelecida pela saga “Maze Runner”, onde um grupo de garotos tentava sobreviver em um labirinto vigiado por câmeras. 

As atuações variam entre boas e medianas, a fotografia é ok. Quando se estabelece quem são as personagens favoritas, cresce o desejo de saber mais sobre elas, se isso é um ponto positivo ou negativo, depende de quem o público preferir, pois o tempo de tela é diferente para cada uma e alguns arcos são destacados em detrimento de outros.

“The Wilds” é mais um exemplo de série feita para maratonar. A conclusão da primeira temporada amplia o universo do seriado e deixa o público sedento por mais. Os 10 episódios de quase uma hora de duração estão disponíveis na Amazon Prime Video. Confira o trailer:

*Fernando Martins é jornalista, escritor e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Acesse o Portal, Podcast e redes sociais do Uma Série de Coisas neste link

*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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