‘Sky Rojo’, da Netflix, é a nova série viciante de Álex Pina

Verónica Sanchez, Lali Espósito e Yany Prado interpretam prostitutas em nova série da Netflix - Divulgação/Netflix

A parceria da Netflix com o criador e roteirista Álex Pina segue fazendo sucesso. Recentemente, “Sky Rojo” foi lançada na plataforma e já está na lista dos mais vistos em alguns países. A notícia veio após alguns dias da estreia: novos episódios vão chegar em 23 de julho. Pina também assina as produções espanholas “La Casa de Papel” e “Vis a Vis”, esta ultima ele divide os créditos com Esther Martínez Lobato, sua dupla em “Sky Rojo”.

Suspense, pancadaria, ação, protagonistas narradoras e um toque de drama, tudo que vimos nos sucessos de Álex Pina se repete em “Sky Rojo”. A série apresenta a rotina de três prostitutas como protagonistas de um bordel na Espanha, mas as coisas fogem do controle quando o trio se desentende com seu cafetão e precisam correr para salvar suas vidas. Ação e drama se alternam quando as meninas contam a trajetória de vida antes, durante e depois da prostituição. Aviso: não é uma série para ver com os pais. 

As atrizes Verónica Sanchez, Lali Espósito e Yany Prado contribuem com personalidades únicas para as personagens. O ator Miguel Angel Silvestre interpreta um gigolô, o público pode reconhecer o astro pelo seu personagem Lito na série “Sense 8”. Inclusive, Álex Pina gostou tanto do trabalho de Silvestre que o escalou para a próxima temporada de “La Casa de Papel” – que será a última.

Receita de maratona

Pina apresenta em “Sky Rojo” algo que “La Casa de Papel” e “Vis a Vis” não tinham: a “liberdade” de suas protagonistas fora da narrativa claustrofóbica – ambientação quase completamente em confinamento –, explorando o enredo nas estradas e desertos. 
Mas o principal diferencial está no dinamismo, “Sky Rojo” pode ser maratonada em um dia, pois conta com oito episódios entre 20 e 30 minutos. O mesmo não pode ser feito com “Vis a Vis”, por exemplo, com episódios que se desenvolvem em até 1h20 minutos.

O legado de Pina

As produções espanholas, tanto na indústria televisiva como na cinematográfica, vem ganhando muito espaço após a popularização dos serviços de streaming. A série “La Casa de Papel” ganhou os brasileiros narrando a saga de um grupo de ladrões que tinham como objetivo roubar a Casa da Moeda da Espanha. Mas essa não foi a estreia de Pina no audiovisual.  

Antes disso, precisamente em 2015, estreava “Vis a Vis”. A série tem como protagonista uma garota que é presa e precisa lidar com outras detentas dentro do presídio. Bombou na Espanha, mas foi cancelada com duas temporadas pela Antena 3, sendo resgatada pela Fox Spain em seguida. Coincidentemente, “La Casa de Papel” teve a mesma trajetória, a primeira parte foi um sucesso, mas na segunda nem tanto. Depois de também ser cancelada pela Antena 3, a Netflix entra em cena e resgata a história. 

Com a explosão de “La Casa de Papel” no Brasil (e em vários países), a Netflix também resolveu lançar “Vis a Vis” por aqui com mais duas temporadas. A série tinha tudo para ser bem aceita, já que também contava com Alba Flores, a Nairóbi em LCDP – uma das queridinhas dos fãs –. Ambas despertaram o amor do público por vários personagens, sejam eles ladrões ou detentas. A receita de Álex Pina é visível, não tem como parar de assistir às duas produções.

O ritmo frenético é a marca do autor, mas quando “White Lines” foi lançada em 2020, esse elemento característico não fez parte dos episódios, decaindo o enredo quando comparado com as anteriores. Talvez por isso tenha sido cancelada. O fato é que “Sky Rojo” chega para apresentar um universo completamente diferente do que já foi criado por Pina e “faz as pazes” com o público: depois que você começa é impossível parar. 

*Fernando Martins é jornalista, escritor e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Acesse o Portal, Podcast e redes sociais do Uma Série de Coisas neste link

*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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