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Vingança e trauma compõem a quinta temporada de “The Handmaid’s Tale”

Estrelada por Elisabeth Moss, nova temporada tem episódios semanais na Paramount+

Elisabeth Moss retorna como June na quinta temporada de "The Handmaid's Tale" - Reprodução

Atenção: spoilers a seguir.
A quinta temporada de “The Handmaid’s Tale” começou a ser exibida nos Estados Unidos e, dias depois, tem episódio semanal disponibilizado, no Brasil, pela Paramount+. Os episódios anteriores foram intensos e cheios de angústia, já que boa parte das aias da época de June (Elisabeth Moss) morreu. A quarta temporada também foi marcada pela chegada da protagonista ao Canadá, que saiu fugida de Gilead ao encontro do marido (O. T. Fagbenle) e das amigas Emily (Alexis Bledel) e Moira (Samira Wiley)

Por último, vemos o Comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) quase escapar ileso das acusações de estupro e cárcere, se não fosse pela articulação de June para trocar o homem por mais de 20 vítimas de Gilead. Só que, no caminho, o Comandante é interceptado pela protagonista e outras mulheres, que o matam. 

Rivais elevam o drama

A quinta temporada começa com força total. A atuação de Elisabeth Moss é complexa e sempre impressiona quando consegue alternar rapidamente as emoções da personagem – que não é simples. Medo, raiva, redenção, luto, alternar na linha tênue entre a sanidade e a insanidade. É muito para um primeiro episódio, mas Moss dá conta.

Do outro lado da guerra, Yvonne Strahovski vive Serena Joy. Para o público, a personagem é dualística. Ora sentimos pena, quase compaixão, até voltar para o ódio. O fato é que a atriz também se mostra flexível em seu trabalho. Em certo momento, raiva e tristeza se misturam no luto do marido. A personagem precisa improvisar para dar sequência ao seu plano – até aqui um mistério até para o público.

A atriz também demonstra improviso na atuação. E dá certo. Yvonne mostra que o gênero de drama é seu forte. Tanto Serena quanto June terão muito que mostrar ao longo da temporada, tanto individualmente, como juntas.

A ausência de Alexis Bledel

No fim da quarta temporada, vemos Emily acompanhar June no assassinato de Fred. Essa sequência foi a última da atriz Alexis Bledel na série. Isso porque ela decidiu “se afastar um pouco de The Handmaid’s Tale e respirar”. 

Nos novos episódios, a personagem faz falta. A justificativa da ausência é colocada sem demora. Após ajudar a matar o Comandante, Emily decide retornar à Gilead para “tentar encontrar tia Lydia”. Talvez essa não tenha sido a melhor das escolhas. Depois de ter recuperado a esposa e o filho, é difícil imaginar que ela deixaria a família de lado por vingança.

Vale lembrar que Alexis foi indicada quatro vezes ao Emmy, nos quatro primeiros anos da série, tendo ganho um. Sua saída, contudo, pode não ser definitiva. Resta esperar para ver.

O que vem a seguir

A sexta temporada de “The Handmaid’s Tale” foi confirmada como a última da série. Esse movimento já era esperado quando a quarta temporada deu espaço para o arco no Canadá. Ao que tudo indica a quinta intensificará os conflitos de Gilead. 

Também foi confirmado que o universo ganhará um derivado baseado no livro The Testaments, de Margaret Atwood (autora do livro O Conto da Aia). O enredo se passa 15 anos depois dos fatos do primeiro livro, tendo como protagonista 3 mulheres: uma criança criada no Canadá, outra em Gilead, uma terceira mulher completa o trio como sendo uma das executoras do regime de Gilead. 

Como o livro “O Conto da Aia” é uma adaptação apenas da primeira temporada da série homônima, a interpretação do fim da série e de como a ligação para o derivado será feita, fica pelas mãos dos showrunners. 

*Fernando Martins é jornalista, escritor e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Instagram: @umaseriedecoisas.

*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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