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“Xógum” apresenta conflitos de poder e fé em uma época de guerra e intriga

Minissérie se destaca entre as grandes produções televisivas do ano com episódios semanais

Célebre ator japonês, Hiroyuki Sanada interpreta Lord Yoshi em "Xogum" - Divulgação

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Sempre que nos deparamos com grandes produções na TV, é comum haver comparações com outras obras igualmente grandiosas. Nesse contexto, a nova minissérie da Star+ e Disney+, "Xógum: A Gloriosa Saga do Japão", rapidamente foi colocada no mesmo patamar de sucesso que "Succession" e "Game Of Thrones", ambas da HBO. Embora estas séries tenham qualidade cinematográfica louvável e compartilhem temas semelhantes como jogos de poder, planos de guerra e conquista de territórios, "Xógum" consegue se destacar por mérito próprio e estilo único.

Situada no turbulento Japão do século 17, a minissérie transporta os espectadores para um mundo de intriga política, conflito religioso e ambições desmedidas. Baseada no best-seller de James Clavell e trazida à vida pelos showrunners Rachel Kondo e Justin Marks, "Xógum" mergulha fundo na história, oferecendo uma visão de um período marcado por guerras e reviravoltas.

Desde os primeiros minutos, somos imersos na jornada do piloto protestante John Blackthorne (Cosmo Jarvis) e sua tripulação, enquanto eles navegam em direção ao desconhecido, rumo às costas japonesas. Mas o que poderia ter sido uma simples expedição se transforma em uma saga de sobrevivência e conflito, quando Blackthorne e seus homens se veem diante das intrigas da terra do sol nascente.

O enredo bem escrito nos leva por uma trama repleta de reviravoltas e alianças instáveis, onde cada personagem é uma peça em um tabuleiro de xadrez político. Desde os lordes guerreiros em busca do título de Xógum até as intrigantes influências portuguesas e os segredos dos conselhos regentes, a narrativa é rica em detalhes e profundidade.

Com um elenco estelar, liderado por talentos como Cosmo Jarvis (Lady Macbeth), Hiroyuki Sanada (O Último Samurai), Anna Sawai (Pachinko) e Takehiro Hira (Giri/Haji), "Xógum" brilha pela sua história envolvente e também pela sua produção de alto nível. Cada cena é visualmente rica, transportando-nos para o coração do Japão feudal com uma autenticidade muito bem desenvolvida.

À medida que a série se desenrola, momentos de intriga e traição se desenrolam. Mas é na interseção entre a história e a humanidade que "Xógum" verdadeiramente se destaca, explorando temas universais de poder, honra e redenção.

"Xógum: A Gloriosa Saga do Japão" é uma obra-prima do storytelling contemporâneo, uma jornada épica que irá cativar e inspirar espectadores de todas as idades. Com sua mistura única de drama, ação e história, esta minissérie promete se tornar um marco na televisão moderna, deixando uma marca na memória coletiva dos espectadores.

*Fernando Martins é jornalista e grande entusiasta de produções televisivas. Criador do Uma Série de Coisas, escreve semanalmente neste espaço. Instagram: @umaseriedecoisas.

*A Folha de Pernambuco não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas.

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