Agosto Dourado: campanha reforça importância do aleitamento materno
A campanha foi criada em 1992 pela OMS em parceria com a Unicef
Na relação entre mãe e bebê, um dos momentos que mais fortalecem o vínculo entre ambos é a amamentação. Mais do que apenas alimentar a criança, o aleitamento materno é uma forma de prevenir doenças, não só para o recém-nascido, como para a mãe também. Para reforçar esse ato, o mês de agosto fica dourado, cor que representa que o padrão ouro de qualidade do leite materno. A campanha Agosto Dourado foi criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Repleto de anticorpos, o leite materno é o alimento mais completo para os bebês e deve ser o único oferecido à criança até os seis primeiros meses de vida — quando, geralmente, é iniciada a introdução alimentar —, podendo permanecer até dois anos de idade, mais ou menos, fase em que o sistema nervoso termina de ser formado, conforme explica a pediatra Dulcinete Pinheiro, da Unidade de Aleitamento Materno - UniAME.
Ainda de acordo com Dulcinete, as crianças que mamam até os dois anos tem menos risco de desenvolver infecções, alergias e doenças como diabetes, obesidade e hipertensão. “Doenças de adulto podem ser evitadas quando a criança é amamentada. Quanto maior o tempo de amamentação, maiores serão os benefícios para a saúde na vida adulta”, reforça. Além dos benefícios para a criança, o ato de amamentar também é importante para a mãe, diminuindo a chance de desenvoler cânceres de mama e ovário, por exemplo.
Leia Também
• Agosto Branco: campanha conscientiza sobre câncer de pulmão
• Agosto Dourado: amamentação traz benefícios para bebês e mães
• 8 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Colesterol
Para a médica, o maior empecilho para a amamentação é muitas vezes a falta de informação correta e do apoio do profissional de saúde e da família. “O que faz a mulher desistir de amamentar é a falta de informação e de ajuda. É importante explicar que o bebê que não toma o leite materno fica mais suscetível a doenças e alergias”, orienta.
Dulcinete recomenda que a orientação comece ainda durante o pré-natal. "Desde a gestação, a mulher deve receber orientações de como evitar fissuras, mastites, aprender sobre os tipos de pega correta. Também é fundamental que a mãe possa contar com uma rede de apoio. Isso ajuda muito", indica.
A orientação recebida no pré-natal deve continuar em forma de acompanhamento após o parto, segundo recomenda a enfermeira e coordenadora do curso de enfermagem do Centro Universitário UniFBV Wyden, Nadynne Pastoriza.
“Eles necessitam de acolhimento e acompanhamento durante todo o processo. A Enfermagem tem papel fundamental no pré-natal e nos primeiros meses de vida do bebê, orientando e sanando as dúvidas sobre a amamentação”, afirmou Nadynne