Alergias respiratórias: conheça os principais fatores de risco e como prevenir
Paulo Secundus, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte, lerta sobre as principais causas
A alergia respiratória é uma resposta do sistema imunológico após entrar em contato com substâncias externas que afetam o próprio sistema respiratório. E entre as mais comuns, estão: asma, rinite, sinusite e bronquite. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que doenças respiratórias já afetam um quarto da população mundial, sendo a alergia uma das mais comuns.
“As principais alergias respiratórias, a nível do aparelho respiratório superior, são as chamadas rinites alérgicas. A nível do aparelho respiratório inferior, a gente tem as bronquites. Ambos podem começar na infância, à medida que a criança começa a se alimentar, começa a entrar em contato com coisas novas, o organismo começa a responder e pode ser de uma forma alérgica. Em relação à idade adulta, sim, a alergia pode desenvolver-se em qualquer idade. O que vale é que houve um contato razoavelmente intenso que estimulou o sistema imunológico e ele começou a responder. Essa resposta a gente chama de alergia”, explica Paulo Secundus, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte.
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, crianças com pais alérgicos têm de 50% a 70% mais chances de desenvolver doenças respiratórias. E vários tipos de agentes podem desencadear uma alergia, como ácaros, fungos e pelos de animais, por exemplo. Geralmente, essas substâncias são reconhecidas pelo nosso organismo como sendo inofensivas, mas no caso das pessoas alérgicas, as células de defesa as identificam como tóxicas.
O sintoma mais comum da alergia respiratória é o aparecimento de coceira nos olhos e espirros frequentes, mas também são comuns outros sintomas, como: tosse seca; corrimento nasal; coceira no nariz ou garganta; dor de cabeça; e olhos lacrimejando.
Tratamentos
O diagnóstico das alergias respiratórias pode ser feito baseado no histórico do paciente e seus sintomas, sendo a coriza, espirros, tosse, obstrução nasal, falta de ar e coceira nos olhos, garganta e nariz, os mais comuns entre eles. Após o diagnóstico, é necessário que o paciente realize o tratamento adequado com os medicamentos específicos para seu quadro clínico.
“O principal tratamento para a alergia respiratória, como qualquer outra alergia, é evitar o contato com aquilo que você sabe que não pode, com aquilo que causa a sua alergia. O segundo tratamento é o que nós usamos de rotina, nas fases agudas da doença, como anti-alérgicos e anti-inflamatórios, chamados corticosteróides. Mas o principal tratamento das rinites ou da asma brônquio é a dessensibilização progressiva, que a gente chama de imunoterapia, um tratamento feito com vacinas. A nível que a pessoa vai tomando as doses dessa vacina, ela vai se desestabilizando progressivamente. Então, isso vai fazer com que seu organismo desenvolva anticorpos protetores contra a poeira, os ácaros, os fungos e todos os elementos que causam alergia respiratória ”, explica o médico.
Medidas simples como evitar o contato com aquilo que causa a sua alergia, beber bastante água e se alimentar bem podem ajudar a evitar as crises de alergias respiratórias. Evite a automedicação e procure ajuda médica assim que perceber o aparecimento de qualquer sintoma.