Câncer colorretal: saiba o que fazer para evitar a doença

No Brasil, são diagnosticados mais de 40 mil casos por ano

Diogo Sales, oncologista do Hospital Jayme da Fonte - Arthur de Sousa/Folha de Pernambuco

O câncer colorretal, também chamado de câncer de intestino, é um tipo de tumor que começa no intestino, predominantemente originado no intestino grosso. Quando diagnosticado precocemente, costuma ser tratável e, em grande parte dos casos, curável. O câncer colorretal se divide em duas etapas: a primeira, que é o cólon, e mais a parte o reto. 

De acordo com o oncologista Diogo Sales, do Hospital Jayme da Fonte, no Brasil, o câncer de colorretal é o terceiro tipo de tumor com mais incidência na população, com mais de 40 mil novos casos diagnosticados por ano. “Oo INCA 2023/2024 estimou em cerca de 46 mil casos por ano de câncer colorretal. Então é muito importante a gente ter noção dessa frequência. Não tem uma diferença em relação ao sexo. Tanto homens quanto mulheres podem ser acometidos por um câncer colorretal e quase, basicamente, na mesma frequência”, explica Diogo Sales.

A doença pode ser diagnosticada e tratada por meio de diferentes procedimentos médicos, que variam de acordo com o tipo de câncer que o paciente possui e o estadiamento de sua condição. Mas, segundo o oncologista, a melhor forma de detectar o câncer colorretal é através de um exame de colonoscopia.

“A colonoscopia está indicada, na maioria dos casos, para pacientes acima de 45 ou 50 anos, ou para paciente que sente algum sintoma, como sangramento retal, constipação crônica, anemia, dor abdominal. Então, nesses casos, deve-se procurar um especialista, normalmente um gastro ou um cirurgião abdominal, inicialmente, para indicar a colonoscopia ou um exame padrão. Outro exame que pode ser utilizado para detectar o câncer de colorretal é o sangue oculto nas fezes”, pontua o médico Diogo Sales.

O tratamento para o câncer colorretal é preciso e conta com o procedimento cirúrgico como tratamento inicial. “Após a cirurgia para ressecar o câncer, pode-se discutir a necessidade da radioterapia e quimioterapia. Quando é uma doença mais avançada ou uma metástase, normalmente tem dois tratamentos mais comuns, que são a quimioterapia e a terapia de alvo molecular, que é um tratamento oncológico mais direcionado, individual, que vai ter uma análise do DNA do tumor”, comenta o oncologista. Desta forma, o tratamento leva a um aumento de sobrevida para os pacientes e mais qualidade de vida.

Além da prevenção e da detecção pela colonoscopia, é possível proteger o corpo contra o câncer colorretal por meio da alimentação e de hábitos cotidianos. É importante, também, ficar atento aos fatores de risco e, dessa forma, preveni-los ao máximo. Entre os fatores de desenvolvimento do câncer colorretal estão: consumo excessivo de álcool, alimentação pobre em frutas e fibras, obesidade, entre outros. Fatores hereditários também podem influenciar.

“A gente sabe que dois terços dos pacientes que têm câncer de cólon ou até um pouco mais são causados por fatores de risco evitáveis. Então fatores de risco evitáveis são: uma dieta equilibrada, fazer algum grau de atividade física, quanto mais melhor, evitar ter constipação crônica, ter uma dieta equilibrada, evitar obesidade e se você evitar fumar também diminui a chance de câncer de colorretal.

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