Candidíase em homens e mulheres: conheça a infecção fúngica que pode ser transmitida sexualmente

Apesar de ser um problema predominantemente feminino, a candidíase também pode atingir os homens

Ginecologista Waldemir Carvalho, do Hospital Jayme da Fonte - Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que afeta mais frequentemente a região genital, causando sintomas como coceira intensa, vermelhidão ou corrimento esbranquiçado. Pode se proliferar em determinadas condições, como imunidade baixa, uso prolongado de alguns remédios e até durante o período de gestação, pelo aumento de produção de hormônios que favorecem o fungo.

A candidíase, que é muito frequente principalmente na mulher, é produzida por um fungo, pode ser o Candida albicans ou qualquer outro tipo de Candida. E normalmente, a paciente que tem candidíase se sente muito incomodada, porque dá coceira no polido vaginal, e um corrimento leitoso, como o leite coalhado”, explica o ginecologista Waldemir Carvalho, do Hospital Jayme da Fonte. 

Apesar de ser um problema predominantemente feminino, a candidíase também pode atingir os homens e pode ser transmitida através do ato sexual mesmo não sendo uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Qualquer pessoa, mesmo sem praticar sexo, pode sofrer pelo quadro. “Com certeza, a candidíase é mais encontrada na mulher. Até porque o órgão genital masculino, por ser totalmente externo, é mais fácil de limpar, de lavar, então teoricamente, na prática, ele tem menos candidíase”, diz o ginecologista.

 

Os sintomas de candidíase variam em relação aos pacientes, mas os principais sintomas são coceira e vermelhidão nas partes íntimas. “É típico da candidíase um corrimento leitoso, a irritação, a vermelhidão e a coceira”, continua o médico Waldemir Carvalho.

“A paciente pode prevenir a candidíase melhorando os hábitos. Por exemplo, a paciente vai para a academia e chega com aquela roupa suada, úmida, ela vai favorecer a candidíase. O ideal é que essa paciente também durma sem a vestimenta interna, ou seja, sem a calcinha. O sexo oral também contribui pra candidíase, porque o PH da vagina é um e o da saliva é outro”, explica.

O tratamento da candidíase se baseia no uso de antifúngicos que são ministrados tanto por via oral quanto por via local. Quando a paciente, além da infecção, tem uma irritação muito séria, indica-se um creme cicatrizante local.

“O tratamento medicamentoso é feito a base de fluconazol, itraconazol, além de cremes de uso vaginal oriundos. Por exemplo, nicostatina ou fluconazol. Eu digo que além do tratamento medicamentoso, essa paciente tem que melhorar a imunidade e tem que melhorar a flora. Quando ela faz o uso de probióticos, ajuda muito a melhorar a flora vaginal e ela tem menos candidíase, principalmente a candidíase recorrente, que aparece mais de três vezes no ano”, finaliza o médico.

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