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Cirurgias para o tratamento do câncer de mama: quando são necessárias?

Mastologista explica o assunto e ressalta importância da intervenção cirúrgica no tratamento

Isabella Figueirêdo, mastologista do Hospital Jayme da Fonte. - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

O câncer de mama é uma das doenças que mais mata mulheres no Brasil e no mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as principais causas de morte da população feminina em idade fértil incluem o câncer mamário. Apesar de agressivos, os tumores malignos na mama podem ser curados de forma relativamente simples quando descobertos e tratados em sua fase inicial.

Entre as opções de intervenção, existem as alternativas medicamentosas, como a quimioterapia, por exemplo, ou ainda a opção das cirurgias. A luta contra o câncer de mama não só envolve o diagnóstico precoce, mas também os avanços nas opções de tratamento, especialmente nas cirurgias. Com uma abordagem multidisciplinar e tecnologias inovadoras, as cirurgias para o câncer de mama têm evoluído para oferecer melhores resultados e qualidade de vida às pacientes.

Possibilidades

De acordo com a médica mastologista do Hospital Jayme da Fonte, Isabella Figueirêdo, a quadrantectomia, ou cirurgia conservadora, e a mastectomia são os dois tipos mais comuns de cirurgia que podem auxiliar no tratamento dos tumores.

No primeiro caso, apenas a parte da mama afetada pelo tumor é retirada; já na mastectomia, a glândula mamária é retirada em sua totalidade. Ela atenta para o fato de que, diferente do que pensam muitas pacientes, a quadrantectomia cumpre um papel seguro na eliminação da doença, com o objetivo de não comprometer a mama por completo.

"Muitas pacientes acham que apenas a mastectomia cura o câncer de mama, e não é assim. É importante discutir e individualizar cada caso, para que seja escolhida a melhor forma de tratamento cirúrgico para a paciente", ressalta.

Quando fazer?

Segundo Figueirêdo, a cirurgia é sempre o tratamento mais importante durante a jornada da busca pela cura do câncer de mama, então, sempre que possível, ela é indicada.

"Existem alguns casos em que a paciente tem um estágio muito avançado da doença já espalhada pelo corpo, que a gente pensa se há realmente uma necessidade da cirurgia. Mas, geralmente, é sempre indicada", destaca.

Outro cenário seria aquele em que a paciente precisaria realizar algum tratamento medicamentoso antes da cirurgia, como quimioterapia ou hormonioterapia.

Avanços

Apesar de, em casos específicos, não ser a última e definitiva etapa do tratamento, as cirurgias, junto aos avanços tecnológicos na medicina, permitem uma maior qualidade de vida após o diagnóstico.

“O tratamento do câncer de mama está cada vez mais avançado. Temos várias técnicas que utilizamos durante a cirurgia para preservar a mama da paciente e também conseguir o tratamento oncológico adequado”, complementa.

Saiba mais no podcast Canal Saúde

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