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Com benefícios além da estética, cirurgia ortognática corrige desde mordida a respiração

Chamado de procedimento estético-funcional, a cirurgia corrige alterações do crescimento nos ossos

A cirurgia corrige alterações do crescimento nos ossos da face: mandíbula, maxilar inferior, e maxila, maxilar superior - Syed Qaarif Andrabi/Pexels

Mais do que questão estética, as anomalias dentofaciais, que são as deformidades presentes nos ossos da face, podem prejudicar atividades comuns do dia a dia, como mastigar, respirar e até mesmo dormir. A correção dessa estrutura acontece com a realização da cirurgia ortognática, um procedimento estético-funcional, que garante não só o ganho de função, como também impacta de forma positiva na autoestima do paciente.

Na maioria dos casos, a ausência de simetria na face ocorre porque uma das partes dos maxilares apresenta um tamanho menor ou maior do que o outro. De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial Gustavo Campos, os maxilares têm duas partes. A maxila é o osso responsável por suportar os dentes superiores; enquanto a mandíbula, os inferiores.

"Em relação aos casos de assimetria, a cirurgia é indicada quando a mandíbula está mais direcionada para um lado ou para o outro, pessoas que têm a mandíbula muito para a frente ou muito para trás ou até mesmo aquelas que apresentam um excesso vertical, ou seja, quem sorri e mostra muito a gengiva", elenca o profissional.



Segundo a também cirurgiã bucomaxilofacial Tatiane Faro, essa cirurgia costuma ser indicada para as pessoas que já apresentam o crescimento ósseo consolidado.

"Não realizamos esse tipo de procedimento em crianças porque a formação óssea ainda não foi concluída nessa faixa etária. Ainda que a assimetria possa ser notada, isso só pode ser avaliado com o crescimento final dos ossos, que acontece na adolescência", explicou Tatiane.

Preparação e pós-operatório

Antes de a intervenção cirúrgica acontecer, o paciente passa por um tratamento chamado de ortopedia facial, que é a tentativa de corrigir as assimetrias e os desequilíbrios causados por elas e consiste no uso de aparelhos.

"Em alguns casos, a ortopedia é suficiente, mas em outros a cirurgia ainda é necessária. De todo modo, esse procedimento prepara e facilita para a intervenção cirúrgica", disse Tatiane Faro.

Para o cirurgião Gustavo Campos, o avanço tecnológico permite que a cirurgia ortognática seja menos invasiva, ao mesmo tempo em que consegue resolver disfunções mais complexas. "Os pacientes iniciam a cirurgia num dia e no dia seguinte já são liberados para irem para casa", diz Gustavo.


O resultado da cirurgia pode ser visto depois de alguns meses da sua realização, conforme detalha Tatiane. "O resultado de imediato até três meses ainda apresenta um edema residual", pontua. Depois dos seis meses, o paciente já tem o resultado final, sem edemas e com o retorno de todas as funções.

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