Cortes e ferimentos: saiba o que fazer e como reconhecer se é preciso levar ponto

Rafaela Simões, enfermeira do Hospital Jayme da Fonte, alerta sobre o assunto

Rafaela Simões, enfermeira do Hospital Jayme da Fonte - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

A pele é um órgão que está sujeito a se cortar facilmente, até com uma simples folha de papel. Quando superficial, o corte não exige mais que lavagem com água corrente e sabonete e cuidados simples. Mas quando é mais profundo, quando atinge músculos, tecidos e tendões, por exemplo, é preciso procurar um médico.

“Um ferimento leve, é um ferimento que vai acometer uma camada mais superficial da nossa pele. E o ferimento grave é o ferimento que vai acometer mais tecidos. Aliás, nem todos os cortes vão precisar de pontos. A gente precisa estar atento ao momento em que o ferimento acontece, realizar a limpeza adequada e observar se o sangramento persiste. Você pode fazer uma compressão no local, em média de três a cinco minutos, e observar. Sangramento persistindo, você deve procurar um serviço de saúde para avaliar se vai precisar de ponto ou um curativo mais eficaz”, explica Rafaela Simões, enfermeira do Hospital Jayme da Fonte.

O primeiro passo é a higienização, como mencionado pela enfermeira, mas sem aplicar nenhum tipo de produto químico ou substância caseira, como borra de café, pasta de dente ou açúcar, e, em seguida, cobrir e pressionar de leve a área afetada com gaze ou pano seco e limpo antes de ir para o hospital. Elevar a área afetada também ajuda a controlar mais rapidamente a hemorragia.

Quando levar ponto?

Quando uma lesão é mais profunda, dá para notar, por dentro, uma parte amarela, mais avermelhada ou esbranquiçada, que pode ser gordura, músculo ou tendão, respectivamente. Se atingiu artéria, o sangramento também é abundante e pode haver até jatos. Nesses casos, é importantíssimo procurar imediatamente um atendimento médico.

Vale ressaltar que nenhum corte deve ser desvalorizado. O local vira uma porta de entrada para bactérias e fica propenso a infecções. Fatores como tipo de pele, complicações, como diabetes, ou fatores de risco, como pessoas idosas, além de hábitos diários influenciam na cicatrização. Por isso, é importante ter cuidado redobrado.

Em relação aos cortes mais leves, Rafaela alerta: “Passado os dias, o processo de cicatrização foi avançando, formou aquela casquinha, ela é uma proteção, ela está fazendo uma proteção. Por baixo dela está acontecendo todo o fenômeno de cicatrização. E a gente orienta que o paciente não arranque, não deixe exposto, mas, assim, observando qualquer sinal de complicação, uma vermelhidão mais intensa, um inchaço maior, que a gente chama de edema, alguma presença de alguma secreção, de algum mau cheiro, que são os sinais flogísticos, sinais de infecção, a gente pede que o paciente procure o hospital”, finaliza.

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