Crise de ansiedade: transtorno pode apresentar sintomas semelhantes a alguns tipos de doenças

Psiquiatra dá dicas de prevenção contra o problema

Vitor Hugo Stangler é psiquiatra do Hospital Jayme da Fonte - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A ansiedade natural é uma reação do corpo humano para que ele aja em forma de fuga ou luta a alguns estímulos potenciais mortais. Já a ansiedade patológica, que é conhecida como ‘crise de ansiedade’, representa contexto de sofrimento ou prejuízo funcional importante.

O psiquiatra do Hospital Jayme da Fonte, Vitor Hugo Stangler, aponta que, em muito dos casos, o transtorno do pânico, que está entre os tipos de crise de ansiedade, se apresenta com sintomas parecidos com diversas doenças, fazendo com que o paciente procure outros tipos de especialistas que lidam com diversas patologias.

“Essas crises são caracterizadas por sintomas físicos corporais. O coração acelera, a pessoa fica com falta de ar, as mãos suam bastante, há tremores no corpo e formigamento. Essas crises têm duração de, aproximadamente, 30 minutos. Como são sintomas físicos, acabam sendo confundidos com adoecimentos cardiológicos, endocrinológicos ou pulmonares. Daí, o paciente não recorre, de primeira, ao psiquiatra. É importante buscar os outros profissionais para que as doenças clínicas sejam descartadas”, explica ele.

Tipos de crise de ansiedade

Fonte: Ministério da Saúde

Tratamento individual
Os tratamentos para as crises são distintos, ou seja, cada caso é diferente do outro. Pelo fato de os transtornos apresentarem quadro multifatorial, os psiquiatras vão tratar dos casos, inicialmente, com acompanhamento terapêutico e uso de medicamentos.

“Como é um quadro multifatorial, a gente leva em conta as questões e as situações da vida que estão causando o transtorno, como, por exemplo, as alterações do trabalho ou da vida pessoal. A gente tenta abordar isso, durante o tratamento”, complementa Stangler.

Prevenção
O especialista acredita que a prevenção contra os transtornos de ansiedade, no geral, pode ser feita através da mudança de hábitos. Com isso, o paciente poderá sentir o resultado de forma mais eficiente.

“Existem cinco pilares que são importantíssimos para a prevenção de transtornos mentais como um todo. A realização de atividade física, uma alimentação saudável, noites bem dormidas, acompanhamento psicoterapêutico e manejo de estresse e de rotina estressante são importantíssimos para que a gente consiga fazer a prevenção desses transtornos”, finaliza o especialista.

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