Depressão na gestação: causas, sintomas e o que fazer

Saber identificar os sintomas é importante para se agir o quanto antes

São vários os fatores que podem desencadear a depressão na gravidez - Pixabay

A gravidez costuma representar um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher. No entanto, para algumas mamães, estar grávida pode ser encarado como um momento de muita tensão, medo, ansiedade e até depressão. Nesse contexto, saber identificar os sintomas é importante para se agir o mais cedo possível e evitar maiores complicações durante o período gestacional.

De acordo com a psicóloga Mikaela Siqueira, são vários os fatores que podem desencadear a depressão na gravidez, entre eles: variações hormonais, insegurança, questões financeiras, gravidez não desejada, brigas com o companheiro, divórcio, problema de saúde grave, abuso sexual ou agressão física.

“O diagnóstico geralmente é feito pelo obstetra ou ginecologista que acompanha a gestação dessa mulher. A partir da apresentação de sintomas e sinais apresentados, como:  humor deprimido, tristeza profunda, isolamento, não aceitação da gestação, falta de interesse pelas coisas que gostava de fazer antes, baixa autoestima”, explica Mikaela. 

Após o diagnóstico, a gestante inicia o acompanhamento psicológico. “O primeiro tratamento recomendado é a psicoterapia, que é o acompanhamento com o psicólogo, justamente para trabalhar essas questões das emoções, da autoestima, da aceitação da gestação, desconstruir essa ideia de medo de morrer no parto”, explica. A psicóloga também reforça a importância do apoio afetivo e emocional, nesses casos. “Para se identificar uma depressão na gestação é importante um olhar atento por parte dos familiares e da rede de apoio dessa gestante”, ressalta. 

Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria e Neurociência do King's College London, no Reino Unido, concluiu que a depressão na gravidez afeta tanto as mães quanto os bebês. “O bebê já nasce com um nível elevado de cortisol, é uma criança que tem irritabilidade, que chora muito, tem baixo ganho de peso. Então, não é um problema que afeta só a gestante, mas afeta o bebê também”, afirma o ginecologista e obstetra Marcos Falcão.

“A doença prejudica o pré-natal, a boa alimentação na gestação e isso pode causar um atraso no desenvolvimento do bebê, podendo causar até um parto prematuro”, alerta o ginecologista. “Buscar ajuda é importante para a saúde tanto da mãe quanto do bebê”, conclui.

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