Desmaios constantes: veja as principais causas e como prevenir

Especialista fala sobre tema e define síndrome que provoca as ocorrências frequentes

Aarão Barreto, clínico geral, coordenador da UTI e da Emergência do Hospital Jayme da Fonte - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

O desmaio é frequente na sociedade. Estimativas levantadas pela revista Nature revelam que pelo menos 40% das pessoas já desmaiaram pelo menos uma vez na vida. Essas ocorrências consistem na perda da consciência e podem levar a pessoa a cair ao chão, abrindo as possibilidades para traumas e lesões consequentes desse acontecimento.

Entre as causas de um desmaio, estão: o AVC, arritmia, infarto, problemas relacionados à glicose ou pressão e abalos emocionais. Este, inclusive, foi o motivo do desmaio da modelo Alane Dias, participante do reality show Big Brother Brasil 24, enquanto conversava com o colega de confinamento Nizam, após problemas dentro do programa. O caso dela repercutiu no País e formou os debates acerca do tema.

Nível de gravidade tem que ser considerado
Segundo o médico clínico geral Aarão Barreto, coordenador de UTI e urgência do Hospital Jayme da Fonte, um desmaio pode ser considerado potencialmente grave e não deve ser ignorado ou tratado de forma superficial. Quem presencia a ocorrência também deve ter cuidados na hora de prestar socorro e levar a pessoa prontamente à uma unidade hospitalar.

“Como a gente não tem como averiguar de imediato essas causas, todo desmaio é potencialmente grave. Se a pessoa desmaiou, ela tem que ir, de imediato, para uma emergência para ser melhor avaliada. Na maioria das vezes, não se tem como prevenir um desmaio. Algumas pessoas apresentam predisposição e despertam sinais discretos ou algumas doenças que podem o desencadear”, explica ele.

O especialista explica ainda a Síndrome Vasovagal, que é provocada pela diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, por causa da ação do nervo vago, que fica localizado na nuca. O desfalecimento é causado pela demora na chegada do sangue ao coração e ao cérebro.

“Essas pessoas que, a depender de alguns estímulos, seja uma dor, um susto ou mesmo mudança abrupta de altura, antes do desmaio, podem ter alguns sinais como tontura, escurecimento de vista ou náusea”, observa Barreto.

Cuidados durante a convulsão
Ao presenciar alguém desmaiando, é preciso que a pessoa siga alguns cuidados para que não lhe sejam causados prejuízos irreversíveis. Não é necessário, por exemplo, colocar o dedo na boca do paciente que esteja convulsionando para que sua língua não enrole. Pela força empregada durante o problema, ele pode morder o dedo da pessoa a ponto de decepar o membro.

“Proteja ela, coloque algo acolchoado na cabeça. Não dê nenhuma substância para essa pessoa engolir. Nem água com sal, uma água com açúcar. Não faça isso. Essa pessoa pode engasgar e isso pode virar uma pneumonia lá na frente. Não é bom para ela”, aconselha o médico.

 

 

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