Diagnóstico precoce pode facilitar tratamento de tumores ósseos
Especialista fala sobre o assunto e explica classificação da doença
Os tumores ósseos são divididos em dois graus: benignos e malignos. A doença rara é formada por uma massa de tecido causada pelo crescimento anormal celular no osso e corresponde a até 2% das neoplasias presentes no corpo humano. Os casos de tumores ósseos malignos (cânceres) são ainda mais raros.
Durante a infância, geralmente entre os 12 e 18 anos, os tumores prevalentes são denominados como primários e são chamados de osteossarcomas e sarcomas de Ewing. Já na vida adulta, acima dos 50 anos, é mais comum que eles sejam metastáticos de tumores já presentes. A metástase acontece quando as células do câncer se desprendem do tumor principal e entram na circulação sanguínea ou linfática. Se a pessoa tiver câncer de mama, por exemplo, ela pode apresentar uma metástase óssea, por conta do tumor maligno já existente.
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Segundo o oncologista do Hospital Jayme da Fonte e da SOLB, Dr. Wagner Cabral Lopes, ao detectar os sintomas, o paciente precisa procurar um especialista para que haja o diagnóstico precoce da doença. Segundo ele, essa pode ser a melhor forma para combater o crescimento do tumor e a cura seja alcançada. Caso contrário, havendo progressão da doença, há chance de amputação de membros.
“É importantíssimo, ao surgirem esses tumores ósseos primários, que a gente suspeite da lesão e faça o diagnóstico, o mais precocemente possível. Já nos casos de metástase, a gente já sabe que o paciente tem fraturas patológicas”, afirma.
O tratamento para tumores primários é feito com quimioterapia, para combater, tanto a doença como a disseminação dela. Após esse procedimento, o médico vai programar a ressecção do tumor.
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Sintomas podem ser sinal de alerta
Ainda de acordo com Lopes, o médico que atende um paciente com a doença precisa ter propriedade sobre o assunto para tratar o problema detalhadamente. Ele destaca ainda que entre os principais sintomas de um tumor maligno estão a dor e o inchaço local.
“É uma dor persistente e progressiva. No começo, ela pode responder a uma Dipirona ou medicação mais fraca. Quando este ou outro analgésico não dá mais jeito, tem que passar para um mais forte. Depois, vem a dor noturna e o paciente precisa acordar, por causa do incômodo. Além disso, há neovascularização [formação de vasos sanguíneos], aumento do volume local e da temperatura, além de vermelhidão. Isso serve para os tumores malignos. Já nos benignos, também acontece, em alguns casos, a dor progressiva”, explica o especialista.
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Prevenção
Por enquanto, a ciência ainda não conseguiu achar meios de prevenção aos tumores ósseos. O meio mais viável para conseguir a cura continua sendo o diagnóstico precoce. Os pacientes que possuem a lesão precisam ficar atentos e realizarem exames habituais para evitar a malignização do tumor.