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Doações de sangue para quem está hospitalizado: entenda como acontece

Enfermeira da comissão de hemoterapia do Hospital Jayme da Fonte, Bruna Nóbrega, explica o assunto

Enfermeira da comissão de hemoterapia do Hospital Jayme da Fonte, Bruna Nóbrega - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

No contexto da medicina, a doação de sangue desempenha um papel importante para a segurança dos procedimentos que envolvem as transfusões durante as internações hospitalares. No entanto, é comum que algumas etapas do processo provoquem dúvidas nos doadores e na família dos pacientes receptores.

De acordo com a enfermeira da comissão de hemoterapia do Hospital Jayme da Fonte, Bruna Nóbrega, as transfusões de sangue são frequentemente necessárias em situações médicas críticas, como cirurgias, tratamentos de câncer, complicações durante o parto e doenças graves. 

Reposição

Para garantir a disponibilidade de sangue seguro e compatível em momentos críticos, os hospitais dependem das doações voluntárias ou de reposição. 

“As doações de reposição são realizadas por familiares, amigos e conhecidos de pacientes que necessitam de transfusões ou de reservas cirúrgicas. Essas doações são feitas no banco de sangue em nome do paciente e do hospital, garantindo que os estoques utilizados sejam repostos”, explica Bruna. 

Dessa forma, o sangue doado para pacientes específicos também ajuda a restabelecer o estoque dos bancos.

Os bancos de sangue, em geral, mantêm reservas para emergências, mas a disponibilização de sangue para um paciente pode resultar na escassez para outros. Por isso, é fundamental que haja doações regulares para reposição dos estoques. Embora as cirurgias não sejam canceladas por falta de doações voluntárias, a mobilização para doação de sangue continua sendo essencial. 

“As campanhas de doação seguem sendo importantes para pacientes internados, pois mesmo que as bolsas não sejam usadas nesses pacientes, elas são retornadas aos bancos de sangue e podem salvar outras vidas”, destaca. 

Sobras

Segundo a enfermeira, o sangue doado que não é imediatamente utilizado em uma cirurgia específica é incluído nos estoques rotineiros dos bancos de sangue, estando assim disponível para atender a toda a população conforme a necessidade.

Quando há sobras de reservas de sangue, as bolsas restantes são devolvidas aos centros de armazenamento do material para serem redistribuídas a outros pacientes que necessitam de transfusões, evitando qualquer desperdício. 

Quem pode doar?

Para doar sangue, os voluntários devem atender a alguns critérios básicos: ter entre 18 e 69 anos, pesar ao menos 50 quilos, estar em boas condições de saúde, e ter uma alimentação e sono adequados. 

Certos grupos, como mulheres grávidas, pessoas com sintomas de viroses (resfriado, dengue, COVID-19), ou que tenham realizado procedimentos como tatuagens, micropigmentação ou consumido bebidas alcoólicas recentemente, são temporariamente impedidos de doar. 

Cada caso, no entanto, é avaliado individualmente para garantir a segurança tanto do doador quanto do receptor.

Saiba mais sobre o assunto no podcast Canal Saúde da Rádio Folha 96,7 FM

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