Dor de cabeça constante: quando se preocupar?
Apesar de “comum”, não é normal sentir dor de cabeça
A dor de cabeça é caracterizada por um desconforto que pode se concentrar em diversas regiões da cabeça. Apesar de “comum”, não é normal sentir dor de cabeça. E quando ela se torna crônica, tem uma grande influência prejudicial na vida do paciente, gerando impacto na qualidade de vida.
“Existem 200 tipos de dores de cabeça diferentes. A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça, a cefaleia tensional é um outro tipo de dor de cabeça. Então, é importante que a gente esteja em consulta com um médico especialista, um neurologista ou um cirurgião, para saber diferenciar cada tipo de dor de cabeça e sabendo qual tipo de dor de cabeça é, instalar o tratamento adequado”, explica Bruno Rangel, neurologista do Hospital Jayme da Fonte.
Conforme a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, 20% da população adulta tem dor crônica. O pior é que a maioria dessas pessoas não sabe lidar com a dor e tenta resolvê-la se automedicando com analgésicos. Os principais fatores de risco para as dores de cabeça crônicas são o uso excessivo de medicamentos para enxaquecas, ansiedade e eventos estressantes da vida.
“A gente define como uma dor crônica uma dor que dura há pelo menos três meses. A preocupação da gente é que uma dor que se instala para acima de três meses, ela pode deixar de ser apenas um sintoma, no qual a dor é um mecanismo de defesa, e pode passar a ser a própria doença. Então, através de consulta médica com especialista, podemos definir cada caso e instalar o tratamento adequado”, continua o neurologista.
Existe tratamento?
De acordo com Bruno Rangel, para cada motivo, há um tratamento adequado, combinando medicamentos com terapias não farmacológicas. Em primeiro lugar, para aliviar a dor de cabeça constante, é importante identificar o que está levando a pessoa a ter dores frequentes e então traçar uma linha de tratamento. Por isso, buscar um médico é fundamental para conseguir restabelecer o bem-estar na sua rotina.
“Existem várias modalidades de tratamento para dores crônicas. Podem envolver tratamentos medicamentosos e não medicamentosos, por exemplo: os medicamentosos são os fármacos que a gente utiliza. Podemos lançar mão de tratamentos não medicamentosos também, como por exemplo a fisioterapia, pilates ou yoga. Podemos lançar mão de procedimentos preventivos e também de cirurgias, como implantes de simuladores neuromodular, para que a gente consiga bloquear a condução da dor, bloquear a condução nervosa e aí sim minimizar ou até mesmo parar essa dor”, pontua.
Sentir dor de cabeça constante não é normal. Por isso, ao identificar que está com cefaleia por mais de 3 dias consecutivos, procure um médico.