Dores abdominais: aprenda a diferenciá-las e o que fazer
O médico Omar Jacobina, do Hospital Jayme da Fonte, explica os diversos tipos de dores no abdômen
A dor abdominal, ou dor de barriga, é uma ocorrência bastante comum, que pode estar relacionada a problemas simples, como má digestão ou excesso de gases. Mas também pode indicar disfunções e doenças em algum dos vários órgãos dessa região, como estômago, intestino e vesícula, por exemplo.
Intermitentes ou contínuas
As dores podem ser cólicas intermitentes ou de sensações dolorosas contínuas, quase que insuportáveis. O tipo da dor e a região do abdômen onde ela ocorre podem indicar problemas e doenças específicas. Elas podem ser desencadeadas ou estarem associadas a fatores específicos, como comer, realizar determinados movimentos do corpo ou carregar peso.
“As dores abdominais podem ter, assim como diversos tipos, diversas causas. A depender do tipo de dor, a gente vai ter uma causa mais provável. Dores na região superior direita do abdomen, pós-alimentar, geralmente está relacionado a patologias, a doenças da via biliar, da vesícula biliar, como a colecistite, que é a inflamação da vesícula, ou a cólica biliar, que é a dor aguda da vesícula. Dores na região inferior direita, estão muito relacionadas com quadros de apendicite, que é uma inflamação aguda do apêndice, e dores na região inferior esquerda são relacionados a quadros de diverticulite, que é a inflamação dos divertículos colônicos”, diz o médico Omar Jacobina, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Jayme da Fonte.
Diagnóstico e tratamento
“As dores abdominais podem ter, assim como diversos tipos, diversas causas. A depender do tipo de dor, a gente vai ter uma causa mais provável. Dores na região superior direita do abdomen, pós-alimentar, geralmente está relacionado à patologias, à doenças da via biliar, da vesícula biliar, como a colecistite, que é a inflamação da vesícula, ou a cólica biliar, que é a dor aguda da vesícula. Dores na região inferior direita, estão muito relacionadas com quadros de apendicite, que é uma inflamação aguda do apêndice, e dores na região inferior esquerda são relacionados a quadros de diverticulite, que é a inflamação dos divertículos colônicos”, diz o médico.
Dores abdominais, que estão relacionadas à má digestão ou ao excesso de gases, por exemplo, costumam desaparecer sem necessidade de tratamento. Mas em caso de dores abdominais súbitas e intensas, é importante buscar atendimento médico para identificar a causa e o tratamento mais adequado.
“Para realizar o diagnóstico definitivo do tipo de dor, além da anamnese, que é a entrevista detalhada realizada por um médico, é necessário muitas vezes exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia de abdomen. Além disso, o tratamento desse tipo de dor vai depender da sua causa. Por exemplo, se for uma dor relacionada com a vesícula biliar, como a colecistite, a gente faz a cirurgia da vesícula, muitas vezes de urgência, assim como a apendicite. Já o caso de uma diverticulite, por exemplo, depende do estágio da doença. Existem situações em que a gente trata só com medicação, com antibióticos, mas também existem situações em que a gente precisa fazer cirurgias de emergência”, explica o cirurgião.
Para prevenir dores abdominais, o médico faz um alerta: “Para evitar essas dores, é importante, primeiramente, uma alimentação saudável, de procedência conhecida, para evitar as patologias relacionadas à infecções alimentares, por exemplo. Se você tiver alguma dor naquelas características que a gente já falou, uma dor que não melhora, uma dor recorrente que não melhorou com as medicações usuais, o ideal é procurar um especialista pra ser identificada qual é a causa dessa dor e se ela é de tratamento cirúrgico ou não”, finaliza.