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Dores abdominais: aprenda a diferenciá-las e o que fazer

O médico Omar Jacobina, do Hospital Jayme da Fonte, explica os diversos tipos de dores no abdômen

Omar Jacobina, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Jayme da FonteOmar Jacobina, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Jayme da Fonte - Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

A dor abdominal, ou dor de barriga, é uma ocorrência bastante comum, que pode estar relacionada a problemas simples, como má digestão ou excesso de gases. Mas também pode indicar disfunções e doenças em algum dos vários órgãos dessa região, como estômago, intestino e vesícula, por exemplo.

Intermitentes ou contínuas

As dores podem ser cólicas intermitentes ou de sensações dolorosas contínuas, quase que insuportáveis. O tipo da dor e a região do abdômen onde ela ocorre podem indicar problemas e doenças específicas. Elas podem ser desencadeadas ou estarem associadas a fatores específicos, como comer, realizar determinados movimentos do corpo ou carregar peso.

“As dores abdominais podem ter, assim como diversos tipos, diversas causas. A depender do tipo de dor, a gente vai ter uma causa mais provável. Dores na região superior direita do abdomen, pós-alimentar, geralmente está relacionado a patologias, a doenças da via biliar, da vesícula biliar, como a colecistite, que é a inflamação da vesícula, ou a cólica biliar, que é a dor aguda da vesícula. Dores na região inferior direita, estão muito relacionadas com quadros de apendicite, que é uma inflamação aguda do apêndice, e dores na região inferior esquerda são relacionados a quadros de diverticulite, que é a inflamação dos divertículos colônicos”, diz o médico Omar Jacobina, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Jayme da Fonte.

Diagnóstico e tratamento

“As dores abdominais podem ter, assim como diversos tipos, diversas causas. A depender do tipo de dor, a gente vai ter uma causa mais provável. Dores na região superior direita do abdomen, pós-alimentar, geralmente está relacionado à patologias, à doenças da via biliar, da vesícula biliar, como a colecistite, que é a inflamação da vesícula, ou a cólica biliar, que é a dor aguda da vesícula. Dores na região inferior direita, estão muito relacionadas com quadros de apendicite, que é uma inflamação aguda do apêndice, e dores na região inferior esquerda são relacionados a quadros de diverticulite, que é a inflamação dos divertículos colônicos”, diz o médico.

Dores abdominais, que estão relacionadas à má digestão ou ao excesso de gases, por exemplo, costumam desaparecer sem necessidade de tratamento. Mas em caso de dores abdominais súbitas e intensas, é importante buscar atendimento médico para identificar a causa e o tratamento mais adequado.

“Para realizar o diagnóstico definitivo do tipo de dor, além da anamnese, que é a entrevista detalhada realizada por um médico, é necessário muitas vezes exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia de abdomen. Além disso, o tratamento desse tipo de dor vai depender da sua causa. Por exemplo, se for uma dor relacionada com a vesícula biliar, como a colecistite, a gente faz a cirurgia da vesícula, muitas vezes de urgência, assim como a apendicite. Já o caso de uma diverticulite, por exemplo, depende do estágio da doença. Existem situações em que a gente trata só com medicação, com antibióticos, mas também existem situações em que a gente precisa fazer cirurgias de emergência”, explica o cirurgião.

Para prevenir dores abdominais, o médico faz um alerta: “Para evitar essas dores, é importante, primeiramente, uma alimentação saudável, de procedência conhecida, para evitar as patologias relacionadas à infecções alimentares, por exemplo. Se você tiver alguma dor naquelas características que a gente já falou, uma dor que não melhora, uma dor recorrente que não melhorou com as medicações usuais, o ideal é procurar um especialista pra ser identificada qual é a causa dessa dor e se ela é de tratamento cirúrgico ou não”, finaliza.

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