Doença inflamatória e que afeta principalmente as articulações, a gota é causada por taxas de ácido úrico no sangue acima do normal ou pela eliminação deficiente dessa substância. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, os homens, entre 30 e 50 anos, são os mais acometidos com a doença.

Pessoas com sobrepeso, obesidade ou vida sedentária e usuários de grandes quantidades de bebidas alcoólicas também estão mais propensos a ter gota. As mulheres não têm muita probabilidade de desenvolver a patologia, antes da menopausa. Geralmente, elas desenvolvem a partir dos 60 anos.

Sintomas
A alta concentração de ácido úrico no sangue causa a deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações, o que pode causar inflamação, dor e inchaço no dedão (hálux), joelho e tornozelos. A precipitação, nos espaços articulares, causa ataques recorrentes de artrite aguda. De acordo com a reumatologista do Hospital Jayme da Fonte, Helena Carneiro Leão, as dores frequentes surgem, na maioria das vezes, pela madrugada. Elas têm intensidade suficiente para acordar a pessoa acometida.

“Elas acontecem em episódios agudos. Em geral, a primeira crise, que é chamada de podagro, acontece no hálux. [Os podagros] são fugazes, rápidos, mas bastante dolorosos, no início, podendo depois se tornarem mais prolongados e comprometerem várias articulações”, explica ela.

Exame
Hoje, o exame de ultrassonografia é um dos mais realizados para uma possível detecção de gota. Através de um exame do líquido sinovial, com o microscópio específico, também é possível verificar os cristais de ácido úrico. O líquido é um fluido transparente, viscoso e amarelado. Ele preenche as articulações do corpo humano.

Mesmo sendo a gota uma doença incurável, Carneiro Leão indica caminhos para um tratamento efetivo, com o intuito de confortar os pacientes acometidos por essa patologia. Segundo ela, 75% da eliminação do ácido úrico acontece pelo rim.

“Pacientes que têm qualquer transtorno renal ou algum distúrbio a nível de rim, devem sempre estar preocupados com isso, e seguir uma qualidade de vida. O restante [do ácido é eliminado] através do intestino. Outro ponto interessante é estar sempre em dia com os exames e não deixar que as crises evoluam e aconteçam sem que sejam tratadas”, concluiu a reumatologista Helena Carneiro Leão.

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