Grávidas devem redobrar atenção com Aedes aegypti no verão
Com sistema imunológico fragilizado, elas são consideradas grupo de risco
O Aedes aegypti, velho conhecido, transmissor da dengue, zika e chikungunya, costuma aparecer em época de alterações climáticas, causando ainda mais preocupação para as grávidas, grupo considerado de risco.
Raiane Brandt, obstetra especialista em medicina fetal, explica que geralmente as grávidas têm um sistema imunológico mais fragilizado e, por isso, precisam se precaver de infecções.
“Um dos grandes problemas da dengue neste grupo, por exemplo, é a possibilidade de hemorragia, já que ao tentar controlar a situação, o próprio sistema de defesa do corpo pode destruir as plaquetas, que são responsáveis por coagular o sangue, podendo ocasionar em um aborto ou parto prematuro”, ressalta.
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“Para uma gravidez saudável, é preciso contar com a assistência de uma equipe multidisciplinar, evitando o contato com o mosquito transmissor”, complementa.
Ainda segundo a especialista, no caso da zika, existe a preocupação em relação ao risco de acometimento do feto. A epidemia de 2015/2016, na qual a transmissão pelo vírus esteve relacionada aos casos de bebês com microcefalia, deixou um alerta para cuidados redobrados.
"É importante adotar medidas preventivas, como priorizar o uso de roupas claras, leves e que reduzam a área de exposição da pele. Investir em telas de proteção, sobretudo em casas de praia ou campo, manter o local livre de água armazenada e isso inclui piscina sem uso ou em manutenção, são ações importantes", diz.
Ela ressalta que o uso diário de repelente é fundamental. "O mais adequado é o que possui icaridina na composição, pois a duração de proteção é mais prolongada”, esclarece, acrescentando que seguir com o pré-natal ultrassonográfico é muito importante para acompanhar o desenvolvimento do bebê”, conclui.
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