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Inflamação no intestino: veja o que causa e como tratar a diverticulite

Ausência de fibras e pouca ingestão de água estão entre as causas, além do envelhecimento natural

Um dos motivos que pode provocar o acúmulo de fezes é uma dieta alimentar pobre em fibras, a baixa ingestão de água e o sedentarismo - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Com o avançar da idade, é natural que o corpo vá perdendo algumas funções ou vá ficando mais suscetível a algumas doenças. Uma delas é a diverticulite, inflamação no intestino bastante comum em idosos, mas que pode ser "antecipada" em pessoas que não tenham o hábito de comer fibras.

Na medicina, palavras terminadas com o sufixo "ite" indicam inflamação. No caso da diverticulite, é uma inflamação dos divertículos, que são pequenos sacos localizados na parede interna do intestino, conforme explica o gastroenterologista Tibério Medeiros, do Hospital Jayme da Fonte e da Unidade de Hepatologia (Unihepato).

"A presença de divertículos em grande quantidade no intestino recebe o nome de diverticulose. Quando esses saquinhos inflamam, chamamos de diverticulite. Esse processo infeccioso costuma acontecer quando uma pequena quantidade de fezes fica retida, causando um desequilíbrio das bactérias", detalhou.



Hábitos que ajudam

Um dos motivos que pode provocar o acúmulo de fezes é uma dieta alimentar pobre em fibras, a baixa ingestão de água e o sedentarismo. "As fibras não conseguem ser digeridas e acabam estimulando o intestino a funcionar melhor, contribuindo para que as fezes sejam eliminadas mais rapidamente", explica. 

E uma boa quantidade de água ajuda na hidratação das fezes, evitando o seu ressecamento. “Quando as fezes ficam ressecadas, elas têm mais dificuldades para sair, e isso aumenta o risco de elas ficarem acumuladas”, completa o especialista. Já a prática regular de atividade física ajuda a manter os movimentos regulares do intestino, o que garante um bom funcionamento do órgão.


Tratando os sintomas

Os sintomas da diverticulite são bem parecidos com os de outros processos infecciosos da barriga, como dores, náuseas, vômitos e febre. "Em geral, o paciente costuma referenciar a uma dor na parte de baixo da barriga", comenta Tibério.

Segundo o gastroenterologista, quando o paciente faz o uso das medicações analgésicas convencionais para as dores, e elas persistem, é um sinal de alerta. "Se as dores continuam após a medicação, é o momento de buscar assistência especializada", alerta Medeiros, que complementa: "O tratamento costuma envolver antibióticos, repouso e muita hidratação. Nos casos mais leves, antibióticos orais, cuja administração pode ser feita em casa. Em casos moderados a graves, pode ser necessário um internamento hospitalar para fazer uso de antibióticos venosos." Cirurgias ou outras situações podem ser indicadas, mas em uma pequena quantidade de casos.

#vidaplenajaymedafonte

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