Lesões articulares nos joelhos e tornozelos se tornam mais frequentes no período carnavalesco
Sem a devida preparação, o folião pode se machucar ou mesmo agravar quadros patológicos já existente
Dança de movimentos complexos e que ganha as ruas no Carnaval, o frevo exige muito das articulações, sem falar nos outros esforços, como subir e descer ladeiras, caminhar distâncias acompanhando blocos e horas de pé em shows.
Sem a devida preparação, o folião pode se machucar ou mesmo agravar quadros patológicos já existentes. Para evitar que o período de folia se transforme em dor de cabeça, algumas dicas de como tratar lesões e, o principal, de como evitá-las são fundamentais.
Ortopedista do Hospital Jayme da Fonte e da Solb Clínicas Especializadas, o ortopedista Luiz Marcos Braga está acostumado a atender pacientes com as típicas "lesões de carnaval". De acordo com o especialista, as entorses articulares, sobretudo de joelho e tornozelo, são as mais comuns.
Atenção com joelhos e tornozelos
"No tornozelo, o estrago causado vai de lesões ligamentares a fraturas. A nível de joelho, o paciente pode apresentar lesões meniscais e lesões do ligamento cruzado anterior", exemplificou Luiz Marcos.
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Além dessas lesões traumáticas, quem já sofre de alguma patologia articular muito provavelmente vai apresentar uma piora devido a sobrecarga dos membros.
"Para quem já sofre de alguma doença articular e exagera no frevo sem os devidos cuidados, as queixas variam entre dores, edemas, inchaços e derrames articulares", detalhou.
Gelo e calçados adequados
O tratamento depende do grau da lesão, mas, geralmente, a medida inicial é simples: colocar gelo. Anti-inflamatório natural, ele vai ajudar a amenizar as dores.
"O gelo pode ser utilizado por 20 minutos, respeitando um intervalo de duas horas para uma nova aplicação. Também é importante colocar um pano fino entre o gelo e a pele para evitar queimaduras na região", orientou Braga.
Para quem já sofre de alguma patologia e apresentou piora, a recomendação é utilizar a medicação — analgésico ou anti-inflamatório — que já foi prescrita.
"Se o paciente sentiu um incômodo, aplicou gelo e foi medicado, mas não percebeu melhora, é fundamental buscar o atendimento especializado", acrescentou o ortopedista.
Mas melhor do que tratar, o ideal mesmo é prevenir, e isso passa pelas vestimentas, principalmente os calçados.
"O sapato deve ter uma base larga e amortecedores, isso vai garantir mais estabilidade ao folião", finalizou.
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